Plano contra Confúcio fracassa: "tiro de Hermínio sai pela culatra" – Por Valdir Alves

Para tentar esvaziar o movimento, eis que de repente o ar condicionado parou de funcionar como num passe de mágica, o que provocou a ira ainda maior dos manifestantes.

Da Redação

25 de Novembro de 2014 às 20:34

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Foto: Divulgação

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Acostumando a falar pelos cotovelos e empunhar a bandeira da verdade absoluta, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Hermínio Coelho, sofreu o maior revés político de sua carreira parlamentar nesta terça-feira (25/11), ao tentar realizar uma sessão ordinária cujo objetivo principal seria apresentar denúncia formal com pedido de afastamento do govenador Confúcio Moura. O revés talvez tenha sido até maior do que quando ele perdeu temporariamente o mandato de deputado.

Hermínio viu fracassar a tentativa de lotar o plenário da Assembleia com seus correligionários, em mobilizações orquestradas noutras ocasiões. A pauta era extensa, segundo informou a Assessoria de Imprensa da Assembleia, mas as discussões foram adiadas porque o objetivo principal seria a leitura de uma denúncia contra Confúcio, que tem em seu governo um grupo de pessoas investigadas pela operação Plateias da Polícia Federal. Hermínio esperava mobilização gigantesca contra Confúcio, mas sua expectativa foi frustrada.

Cartazes e faixas empunhados pela multidão pediam: “Fica Confúcio” e “Fora Hermínio”. Frases do tipo “Deixe o Confúcio trabalhar em paz” eram gritadas a todo o momento. “Fora Hermínio, fora Hermínio”, também. O barulho ensurdecedor levou os sete parlamentares presentes a suspender a sessão.

O movimento hostil ao presidente da Assembleia indica que Hermínio adota uma estratégia equivocada, ao tentar o golpe contra Confúcio. A maioria esmagadora pró-Confúcio fez com que aliados do deputado saíssem de fininho:

“Vamos sair daqui. Tem muita gente a favor do Confúcio”, " - diziam algumas pessoas.

Para tentar esvaziar o movimento, eis que de repente o ar condicionado parou de funcionar como num passe de mágica, o que provocou a ira ainda maior dos manifestantes.

A expressão corriqueira “o tiro saiu pela culatra” não poderia ser tão original. Os gritos de “Fora Hermínio, fora Hermínio” era esperado pelo parlamentar. Quando viu que não tinha jeito, o deputado colocou a viola no saco: saiu à francesa (de fininho). Mas pode ter certeza: a batalha apenas começou.

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