Bastou que o governador de Rondônia, Confúcio Moura, comparecesse à sede da Polícia Federal, para prestar esclarecimentos sobre denúncias envolvendo a conduta de auxiliares seus, para que se acirrassem os ânimos e uma onda de denuncismo se espalhasse pelo
Foto: Divulgação
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Bastou que o governador de Rondônia, Confúcio Moura, comparecesse à sede da Polícia Federal, para prestar esclarecimentos sobre denúncias envolvendo a conduta de auxiliares seus, para que se acirrassem os ânimos e uma onda de denuncismo se espalhasse pelos quatro cantos do estado, pouco importando a presença de fundamento ou não.
Houve até quem adiasse compromisso politico fora do estado, sob o pretexto de poder acompanhar de perto o trabalho da Polícia Federal, como se a população não soubesse que o vigilante da moralidade pública está na alça de mira do Ministério Público de Rondônia (MPE/RO), quando de sua passagem pela presidência da Câmara Municipal de Porto Velho.
Até gora, Confúcio tem sido cauteloso e criterioso frente às denuncias contra membros de sua equipe. Imagino quão difícil não deve estar sendo para ele enfrentar tudo isso. De qualquer maneira, somente a apuração de todos os fatos permitirá separar o joio do trigo. Que no governo não se abrigam apenas meliantes e batedores de carteiras, a sociedade toda sabe, como igualmente sabe que há uma nuvem cinzenta pairando sobre cabeças de figurinhas carimbadas que cercam o dirigente maior do estado.
A questão é simples: o perfil das investigações que a Polícia Federal (cujo trabalho no combate à corrupção e outras práticas delituosas tem sido digno dos melhores encômios) levantou do governo estadual não combina com a biografia do administrador e político Confúcio Moura, consolidada nos quase trinta anos de vida pública, diga-se de passagem, sem nenhum arranhão.
Há uma crise instalada no governo, mas ainda é muito para se tirar conclusões. Ainda que tudo isso magoe, profundamente, o governador, ele precisa cortar na própria carne, pois mesmo na UTI, é importante para a recuperação do paciente a vontade de continuar vivendo. Assim, também, são com os governos em crise: ou continuam inertes, como os doentes na UTI, ou reagem, tomam a iniciativa e partem para luta, não deixando o barco à deriva.
Está, portanto, nas mãos do governador Confúcio a responsabilidade de pegar o bisturi e, com um corte cirúrgico milimétrico, extirpar o mal que debilitaria as estranhas do paciente chamado Rondônia. Depois, é só medicá-lo, adequadamente, até que ele se recupere satisfatoriamente.
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