Semana passada, o parlamentar conseguiu emplacar duas CPIs: uma para investigar o contrato do lixo e outra para apurar a compra de material esportivo, sem licitação, a partir de denúncias formuladas pelo ativista político Carlos Caldeira, que aliados do p
Foto: Divulgação
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Se depender do vereador Everaldo Fogaça (PTB), a dinheirama (fala-se em oitocentos mil reais) que a prefeitura de Porto Velho teria incinerado na decoração natalina do ano passado não acabará sendo alvo de piada em boteco de esquina, como muitos apostam.
Semana passada, o parlamentar conseguiu emplacar duas CPIs: uma para investigar o contrato do lixo e outra para apurar a compra de material esportivo, sem licitação, a partir de denúncias formuladas pelo ativista político Carlos Caldeira, que aliados do prefeito querem transformar em visionário.
Já disse (e repito) que a Câmara Municipal precisa mergulhar de cabeça nesse pântano. Nada justificaria a omissão da Casa, nem interessaria ao prefeito Mauro Nazif (PSB) deixar o assunto cair na vala comum do esquecimento.
Trata-se de denúncias graves, que envolvem questões da maior relevância política e moral. Evitar a investigação seria simplesmente passar atestado. E não é isso o que deseja a maioria dos parlamentares.
De outro modo, de nada adianta tentar desqualificar o senhor Caldeira. Tudo o que se foi lançado contra ele, até agora, só serviu para consolidar a suspeita de que há um forte e crescente odor desagradável no ar.
Por isso, não restará à Câmara alternativa senão investigar tudo, doa a quem doer, alcance quem alcançar. Afinal, cabe-lhe, dentre outras atribuições, a missão constitucional de fiscalizar o Executivo, sob pena de expor-se ainda mais perante a opinião pública.
Vários parlamentares já assinaram o Requerimento de Fogaça, dando a entenderem que há grande possibilidade de a Comissão sair do papel. Interessante que a população acompanhasse de perto o desenrolar dos acontecimentos.
Graças à participação de segmentos da sociedade, com o apoio da mídia, reiterando e ampliando as denúncias, casos de corrupção chegaram ao conhecimento da opinião pública e muita gente graúda acabou atrás das grandes, ainda que por pouco tempo. Pior é continuar no mais condenável silêncio.
Se não foi possível afastar o prefeito de suas funções, por motivos sobejamente conhecidos da população, que se apurem as denúncias apontadas pelo ativista, através de CPIs.
Se elas comprometerem o prefeito, que ele responda pelos seus atos, porque é exatamente isso o que deseja parcela expressiva da população. Fogaça está no caminho certo. É preciso apoiá-lo nessa empreitada.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!