Renovar, sim, mas com responsabilidade - Valdemir Caldas

E ai vem à pergunta que se não quer calar: como renovar, se o eleitor rondoniense está cercado de velhas e felpudas raposas, capazes de quaisquer sacrifícios, até mesmo de um gesto de dignidade, para não deixaram o poder.

Renovar, sim, mas com responsabilidade - Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Nestas eleições, a palavra de ordem é renovação. E ai vem à pergunta que se não quer calar: como renovar, se o eleitor rondoniense está cercado de velhas e felpudas raposas, capazes de quaisquer sacrifícios, até mesmo de um gesto de dignidade, para não deixaram o poder.

Afinal, em quem votar? Naquele deputado que se acostumou a esconder dinheiro na cueca, desde os tempos em que era vereador pelo município de Porto Velho? Não! Então no parlamentar que engordou sua já polpuda conta bancária com dinheiro do mensalinho? Também não! Então no deputado federal que se beneficiou da folha de pagamento paralela da ALE/RO? De jeito nenhum!

Por mais que se esforceo eleitor rondoniense, busque opções, é difícil escolher. E se o cidadão fizer um rigoroso critério seletivo, calcado em elevada consciência pública, ai as possibilidades são reduzidas a zero.

Às vezes, chega a causar asco falar sobre a conduta de muitos deles. Houvesse, por parte da maioria do eleitorado, consciência do verdadeiro significado e valor do voto e as consequências funestas que decorrem para a coletividade, quando ele é dado de modo irrefletido ou irresponsavelmente, parlamentares com assento na ALE/RO e no Congresso Nacional já estariam no ostracismo há muito tempo.

A ALE/RO, hoje, é o retrato da vergonha. Um desastre. Uma afronta à biografia de muitos que por lá passaram, como Jacob de Freitas Atallah, Amizael Gomes da Silva, Cloter Motta, José Bianco,dentre outras pessoas que souberam honrar o mandato conquistado nas urnas.

Não é justo, portanto, ferretear todos os políticos com o desdouro da corrupção. Há exceções. Pouquíssimas, mas há, dentre eles destacoo deputado Ribamar Araújo (PT). Poderia citar outros, mas prefiro não fazê-lo, por uma questão espaço.

Preparado pela vida, pela experiência política, pelo extraordinário talento e pela sedimentação de uma humildade extraordinária, ele tem as qualidades exigidas pelo cargo. Uma bela biografia, muita coerência e uma luta tenaz em defesa dos segmentos mais sofridos da sociedade, principalmente dos médios e pequenos produtores rurais.

Seja como vereador, pela cidade de Porto Velho, seja como deputado estadual, em seu segundo mandato, não se tem noticia de que Ribamar Araújo tenha cometido nenhum deslize, nenhum escorregão ideológico, nenhuma metida de mão na cumbuca do erário, enfim, nada capaz de macular seu passado, como homem público ou como profissional.

Conheci-o, quando de sua passagem pela Câmara Municipal. Critiquei-o, algumas vezes, em artigos de jornal, pela insistência com que ele pegava no pé do então prefeito da Capital, Carlinhos Camurça. O tempo, porém, encarregou-se de provar que Ribamar estava certo sobre Camurça e eu, errado.

Ribamar tentará mais um mandato. Não será tarefa fácil. A credibilidade de partidos e políticos só não chegou ao fundo do poço ainda porque até isso foi roubado por falsos messias, travestidos de paladinos da moralidade pública, mas renovo-lhe os votos de êxito em mais essa empreitada.

Oxalá ele consiga, com sua inteligência, destemor e amor à causa pública, garantir uma cadeira no parlamento estadual, tão miseravelmente pobre de decência. Se a época é de renovação dos quadros políticos rondoniense, vamos, pelo menos, preservar o que vem dando certo. Renovar só por renovar não a saída mais inteligente.

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