PT cairá nos braços do PMDB e Ton voltará a rezar missa - Valdemir Caldas

Até meados da semana passada, acreditava-se que as forças políticas já se tinham composto para o pleito de outubro.

PT cairá nos braços do PMDB e Ton voltará a rezar missa - Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Pelo andar da carruagem, tudo indica que partedo PT rondoniense apoiará a reeleição do governador Confúcio Moura (PMDB) e o deputado federal padre Ton, que sonhava em ser o ungido do partido à sucessão estadual, voltará a usar batina. Durante um dos encontros do partido, Ton teria dito que, entre ser o vice de Moura e voltar a rezar missão, ficaria com a segunda opção. Fala-se que o deputado federal Anselmo de Jesus será o vice na chapa de Confúcio.

Até meados da semana passada, acreditava-se que as forças políticas já se tinham composto para o pleito de outubro. E que as alianças pareciam ter chegado a uma definição, mesmo se formadas por elementos que, como água e azeite, não se podem misturar. Mas, como a política rondoniense é feita com boas doses de esperteza, oportunismo e cinismo, o que se tem visto até agora não deve ser motivo de estupefação para ninguém, exceto, é claro, para os que creem em contos de fada.

Não se pode dizer que Ton não tentou. Ele procurou o ex-governador e senador Ivo Cassol para implorar-lhe apoio. Depois foi pedir a benção do cacique-mor do PMDB em Rondônia, senador Valdir Raupp. O encontro teria acontecido num dos restaurantes chiques de Brasília, muito frequentado por políticos, mas nada adiantou.

É o estilo petista de fazer política. Quando se trata de conquistar o poder, o que menos importa são as coincidências de pontos de vista. Vale qualquer sacrifício, até o esquecimento de princípios e propósitos. O importante é amealhar votos. Essa é a interpretação que muitos políticos fazem de seu papel e do sistema político e partidário. Fala-se muito em cidadania, recheiam-se os discursos das mais diferentes intenções moralizadoras, mas a realidade está muito distante disso.

A cada novo movimento no xadrez político, o que se tem podido observar é o fã de apropriar-se do aparelho administrativo do estado de Rondônia, não para retirá-lo do cipoal de dificuldades no qual está enredado, levando seu povo ao desespero, mas para a satisfação de objetivos que em nada se coadunam com as legitimas aspirações sociais.

O PT certamente cairá nos braços do PMDB, não por vontade própria, mas por imposição da cúpula nacional. E Ton voltará a fazer o que de melhor aprendeu em sua vida: rezar missa.

 

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