Oficialmente, ainda não foi dado o tiro de largada da campanha eleitoral para a prefeitura de Porto Velho, mas ela já começou a produzir seus primeiros estragos.
Alguém resolveu colocar na cabeça de Mirian Saldanã, chefe de gabinete do prefeito Roberto Sobrinho, que ela teria chances de ocupar o lugar de seu patrão e a coitada acreditou.
Quanta maldade! Agora, difícil será fazê-la desistir dessa idéia estapafúrdia. Sonhar é bom, não se discute. Afinal, o que seria a vida sem sonhos. O problema é quando eles se transformam em pesadelos.
Fala-se que a pré-candidatura de Saldanã teria sido arquitetada pelo prefeito. Não creio que Sobrinho tenha planejado essa maldade. Coitada de Saldanã. Por que ele faria isso?
Compreende-se que o prefeito não morra de amores pela ex-senadora Fátima Cleide, mas daí a sacrificar um projeto político por divergências pessoais seria, no mínimo, irresponsabilidade.
Não custa lembrar aos navegantes de primeira viagem, no entanto, que a euforia inicial de uma campanha eleitoral aos poucos vai sendo substituída por certa insegurança, à medida que avança a mobilização do eleitorado. O que no começo parecia vitória fácil, indiscutível, vai deixando grande margem de dúvida.
Por mais que se tente desmentir o amadurecimento de parcela expressiva do eleitorado, há situações inquestionáveis. Não bastasse o fato de que cada eleição oferece altos índices de renovação nas casas legislativas, pouco a pouco se vai percebendo que o engodo e a mistificação obtêm menos resultados.
Nos dias que antecedem o pleito para a escolha do sucessor do prefeito Roberto Sobrinho, muita tolice, muita promessa e muito desespero ainda serão testemunhados.
Importa destacar, contudo, que nenhuma administração será igual ao que era antes, porque, agora, a população sabe como se mobilizar e exigir o respeito que é próprio dos cidadãos. E quando os candidatos não são os primeiros a dar o exemplo, acabam por ser exemplados pela vontade popular.