OPINIÃO - A delação premiada e a continuidade das investigações - Por Paulo Andreoli

Da Redação

07 de Fevereiro de 2012 às 10:40

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OPINIÃO - A delação premiada e a continuidade das investigações - Por Paulo Andreoli

Foto: Divulgação

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Uma reportagem publicada no OObservador chamou a atenção dos 3Ps. E não são os conhecidos preto, pobre e puta. Desta vez foram os políticos, polícia e população que ficaram estarrecidos com a possível delação premiada do ex-secretario adjunto da Saúde, José Batista. O homem teria entregado todo mundo.

Porém, tanto o delegado federal, quanto o advogado de Batista negam ter havido a delação.

Afrontado, o governador Confucio Moura chegou a publicar no seu blog que tudo seria intriga, boataria e até ruminações ( me lembra o Tucura).

Não sou disquete para guardar informação já dizia um amigo de faculdade.

O Batista não falou nada, ainda. Porém, um empresário envolvido no escândalo falou e muito para o Ministério Público de Rondônia e Polícia Federal. Este entregou de bandeja o esquema do foragido deputado Valter Araujo, que seria a “ perna do Legislativo” na “Termopilas”.

Mas também explicou como funcionava a “perna do executivo”. Disse e assinou embaixo que o dinheiro que alimentava os tubarões do governo Confúcio eram enviados para Assis Oliveira, cunhado do governador e também para Wagner Luis, conhecido como Bocão, secretário adjunto da Sefin – secretaria de Finanças. Também entregou o nome da “mula” que fazia o transporte da grana. E contou mais.

Disse sobre uma situação que envolve Assis, Bocão e uma lancha no Rio Candeias, caso estilo máfia italiana. No sentido de ajudar as investigações, o agora colaborador da PF já teria entregue vídeos e outras provas do pagamento de propina ao pessoal do executivo.

Nada mais lógico então que a investigação continue, nobre Governador. Ainda falta gente ser presa.

Quanto ao “cabra macho” que está preso desde o ano passado, o Batista, continua calado. Digo macho porque está segurando à bronca sozinho. Coisas que só e "ética da malandragem" explica. Militante político de primeira hora no projeto “Confúcio - governador”, Batista junto com Assis e Bocão formava a tríade da Nova Rondônia.

E se alguém pensa que a “perna do executivo” já quebrou, engana-se. Continua ativa, no estilo crime continuado. Tanto que a mula que transportava o malote para Assis e Bocão deu as caras novamente, querendo mais dinheiro.

Fica assim então. Qualquer duvida sobre a veracidade das informações, procure o MPE e a PF senhor governador. No mais, espero que vossa excelência, nobre médico, aplique o remédio amargo para salvar o paciente Rondônia. O senhor sabe qual é a receita. E depois não diga que não foi avisado.

Direito ao esquecimento

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