A população da capital voltará às ruas, no próximo sábado (12), para dizer um basta à violência que assola a cidade de Porto Velho e exigir providências das autoridades responsáveis pela segurança pública. É o que diz matéria postada no site Tudorondonia. Não é a primeira vez e, certamente, não será a última, que a sociedade decide sair às ruas para cobrar de quem de direito medidas concretas e duradouras que contribuam para, senão acabar, mas, pelo menos, fazer com o banditismo reflua às suas origens mais espúrias.
Mas, infelizmente, os resultados têm sido pífios. Se é que houve algum avanço nesse sentido. A exceção fica por conta da troca de cadeiras. Reconhecidamente, os nossos dirigentes insistem em fazer ouvido de mercador aos clamores que ecoam das praças, ruas e avenidas. Até quando essa situação perdurará? Só Deus sabe!
Enquanto isso, o crime, seja ele organizado ou não, tomou proporções de calamidade na outrora e pacata Porto Velho, assinalando uma escalada que não pode deixar de preocupar a todos que aqui residem, pois a violência não escolhe classe social, cor, sexo ou religião.
Fatores diversos ocorrem para isso, não se podendo omitir, dentre eles, a incapacidade da justiça de fazer andar a máquina punitiva dos crimes com a velocidade exigida pelas circunstâncias. Somem-se a isso a maleabilidade da nossa legislação penal e a inexistência de uma estrutura penitenciária capaz de abrigar, com segurança, entre suas paredes, aqueles que delinqüem contra a sociedade e contra os interesses do povo.
Enquanto não houver na cabeça de quem mata, a certeza de que pagará na mesma proporção pelo crime cometido, independente de classe social ou faixa etária, a sociedade continuará vivendo dias de horrores nas mãos de facínoras, cada vez mais atrevidos, abroquelados na impunidade reinante.