MARMITEX DO PRESÍDIO - Sefin diz que Estado está sem dinheiro para pagar fornecedores, rombo chegaria a 200 milhões de reais

A informação também já teria chegado aos presídios, com os detentos estando de sobressalto. Um atraso de pouco mais de 10 minutos na entrega da comida, teria provocado uma intensa atividade chamada de “bater caneca” nas grades das celas.

Da Redação

22 de Fevereiro de 2011 às 16:22

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MARMITEX DO PRESÍDIO - Sefin diz que Estado está sem dinheiro para pagar fornecedores, rombo chegaria a 200 milhões de reais

Foto: Divulgação

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Nesta terça-feira (21) a equipe de reportagem do Rondoniaovivo buscou a Sejus – Secretaria de Justiça para ouvir a acadêmica de direito e atual secretária Mirian Sperafico sobre o calote aplicado na empresa Fino Sabor e que pode causar uma crise sem precedentes no setor prisional do estado.

A Fino Sabor Comércio e Serviços de Alimentos é detentora dos contratos que fornece refeições preparadas para a Sejus – Secretaria de Estado e Justiça ( todos os presídios da capital ), Sesau – Secretaria de Estado da Saúde (HB, João Paulo II, Cemetron e Hospital de Cacoal) e está sem receber os pagamentos referentes aos serviços prestados. Com ameaça de suspensão de fornecimento de matéria prima pelos fornecedores e ainda uma ameaça de greve dos funcionários, a empresa está prestes a suspender a prestação de serviços.

A secretária Mirian, através de sua assessoria de comunicação disse que a Sejus fez todo o procedimento de checagem do processo, que não existe nenhuma irregularidade e o encaminhou para pagamento através da Sefin – Secretaria de Finanças. Também “mandou avisar” que teria uma reunião com o governador Confucio Moura para tratar justamente deste assunto.

Em contato com o secretário de finanças do estado, Benedito Antônio Alves disse que a atual administração recebeu o Estado da gestão Cassol/Cahula com cerca de 200 milhões de reais do chamado “restos a pagar”, sem provisão de caixa. “Estamos realizando um pente fino em todos os processos, encaminhando-os para a CGE – Controladoria Geral do Estado e PGE – Procuradoria Geral do Estado. Os que estiverem em conformidade com a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, vamos pagar dentro de nossas disponibilidades orçamentárias” afirmou Benedito, que disse também que o governo está buscando algumas instituições bancárias, como o Banco do Brasil, para serem concedidos empréstimos aos empresários no valor de suas notas de empenho, ficando o Estado de Rondônia como garantidor do pagamento. Estes empréstimos poderam ser pagos pelo Estado em até 12 parcelas, dependendo do valor da dívida pública.

Em relação ao caso especifico da empresa Fino Sabor, o secretário disse desconhecer a fundo o caso, já que este problema não é só da referida empresa e sim de todos os fornecedores que negociavam com a antiga gestão. “Vão ter que aguardar a conclusão das fiscalizações da CGE e PGE” finalizou Benedito.

CHAPA QUENTE

O calote aplicado pelo governo Confucio Moura nos fornecedores do estado e que já começa a instalar uma crise financeira no setor comercial e industrial de Rondônia, têm entre os seus agravantes a queda da arrecadação e até um possível atraso no pagamento do funcionalismo público no mês de março.

BASTIDORES

Nos bastidores empresariais da capital, é comentado que o calote não passaria de estratégia de integrantes da chamada “Nova Rondônia” para tomar o contrato da empresa. Nos planos de um grupo político empresarial, se a empresa não receber, ela quebra e para de fornecer.

Sem comida, os presos vão fazer rebelião, cabeças deverão ser decapitadas. Na saúde, novo caos, com pacientes nos hospitais sem alimentação.

A segunda fase, o chamado plano B seria a contratação em caráter emergencial, com dispensa de licitação da empresa N.M. que já está se preparando fisicamente para atender a demanda com celeridade e cessar o caos.

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