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Político por um dia – Por Valdemir Caldas
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Foto: Divulgação
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Qual de nós não gostaria de, ao menos uma vez na vida e por um curto espaço de tempo, exercer o cargo de governador, senador ou deputado federal, e, depois, abocanhar uma polpuda aposentadoria? Pergunte aos senhores Cassol, Raupp, Piana, Angelim e tantas outras figurinhas carimbadas da política local como eles se sentem.
Agora, é justo ferreteá-los com o desdouro da esperteza? Claro que não! Afinal, eles apenas são beneficiários de uma legislação, aprovada por políticos canalhas, ineptos, falsos, insensíveis, fisiológicos e corruptos, que o eleitor irresponsável e desavisado manda para as casas legislativas a cada eleição.
Como mudar esse quadro medonho, sarjar esse tumor maligno, essa podridão moral e administrativa que tomou conta do nosso país? A saída é o voto, seletivo e consciente, condenando ao ostracismo aqueles que sabem honrar os compromissos assumidos em praça pública.
O mandato é uma procuração que o eleitor outorga ao parlamentar para atuar em proveito do interesses público, para decidir acerca de seus destinos, aprovar projetos (não excrescências legislativas), fiscalizar os atos do poder executivo, denunciar o que precisa ser denunciado e portar-se com retidão no desempenho sagrado de seu papel de representante do povo, e não para trabalhar em causa própria, enriquecendo ilicitamente, quebrando, destarte, o vínculo entre o eleitor e o eleito.
Das mais justas, portanto, a extinção da aposentadoria para ex-governadores, pois política não é profissão. Lamenta-se que tudo isso não saia do campo das boas intenções. Mas bem que o cidadão comum, sincero, trabalhador e honesto gostaria que esse sonho se transformasse em realidade e que figuras impolutas, sérias e cumpridoras de seus deveres políticos para com o povo ocupassem mais espaços nos parlamentos, aqui e alhures, tornando os corruptos uma minoria. Isso não é impossível. Só depende de cada um de nós. Ou não?
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