GENTE BOA - PHS anuncia apoio a Confúcio Moura, irmão de candidato trabalhou para aliança

Esse é o controvertido Nobel Moura, mais conhecido por Dr. Nobel, que prepara seu retorno ao cenário político regional, almejando a secretaria de saúde do Estado ou a direção do Hospital de Base.

GENTE BOA - PHS anuncia apoio a Confúcio Moura, irmão de candidato trabalhou para aliança

Foto: Divulgação

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Mais um partido veio somar com o candidato Confúcio Moura (PMDB) para o 2º turno das eleições 2010 para o governo de Rondônia. Em reunião realizada segunda-feira (11), os membros da comissão executiva regional, dirigentes municipais, filiados e militantes do Partido Humanista da Solidariedade – PHS decidiram apoiar a candidatura peemedebista.
 
A vinda do PHS ao arco de alianças de Confúcio, que já tem o PT – partido dos trabalhadores e outras agremiações nanicas na composição, não chega a ser uma novidade, já que um dos caciques do partido é o médico Nobel Moura, irmão de Confúcio.
 
Nobel Moura já foi deputado federal por Rondônia. É destacado como um dos pioneiros do mensalão. Condenado por mandar matar um radialista do município de Machadinho do Oeste, interior de Rondônia. Tema de teses acadêmicas. Um dos primeiros políticos cassados por corrupção após a redemocratização do País. Nocauteou a colega com um cruzado de direita dentro do plenário da Câmara dos Deputados. Irmão do prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura (PMDB), candidato ao Governo de Rondônia. Alvo de processos no Conselho Regional de Medicina acusado de ferir a ética médica.
 
Esse é o controvertido Nobel Moura, mais conhecido por Dr. Nobel, que prepara seu retorno ao cenário político regional, almejando a secretaria de saúde do Estado ou a direção do Hospital de Base.
 
Nobel Moura se filiou ao PHS em agosto de 2009 com pretensão de disputar, em 2010, uma vaga no Senado ou na Câmara Federal - Câmara da qual foi expulso em 16 de novembro de 1993 por corrupção. Não saiu candidato para não prejudicar a campanha de seu irmão, Confúcio, que poderia ter sua imagem associada ao familiar.
 
Médico, o ex-deputado federal Nobel Moura atende atualmente no Hospital Regional de Ariquemes, além de outras unidades hospitalares nos municípios vizinhos.
 
Segundo nota divulgada em 2009 pelo PHS, que alardeou a filiação como uma grande conquista da legenda, Nobel “ volta ao cenário político regional amadurecido e com novas idéias”.
 
Dizia o ex-deputado cassado: “... estamos diante de um novo cenário político que exige uma seriedade maior no trato com o bem público e são esses princípios que me motivou (sic) por essa filiação, além de colocar o meu nome à disposição como pré-candidato do PHS nas próximas eleições, para tentar novamente representar o povo de Rondônia no Congresso Nacional”.
 
INJUSTIÇADO NO PASSADO, QUERENDO SER ABSOLVIDO NO PRESENTE”
 
Segundo a nota do PHS , “Dr. Nobel” recebeu o convite pessoalmente do presidente regional do Partido Humanista da Solidariedade , Herbert Lins. Na ocasião, Lins estava acompanhado do presidente municipal do PHS de Porto Velho, Alex de Freitas.
 
Ainda de acordo com a nota divulgada pelo PHS, Nobel Moura afirmou ainda que “madurou (sic) a idéia e os argumentos foram convincentes para tomar a decisão em família e com amigos mais próximos de voltar à política e demonstrará no percurso da campanha ao eleitor rondoniense o quanto foi injustiçado no passado e o quanto deseja ser absolvido no presente, passando pelo crivo da urna e pela reconquista da confiança do eleitor”.
 
Na década de 90, Nobel Moura ficou famoso nacionalmente. Na época no PTB, ele esmurrou a então deputada federal Raquel Cândido em plena Câmara dos Deputados. Ela o acusou de lenocínio e tráfico de cocaína.
 
Os escândalos no qual se envolveu deram a Nobel Moura notoriedade no cenário político nacional. Com ele, secundado por colegas como a própria Raquel Cândido e Jabes Rabelo (cassados), Rondônia passou a figurar no imaginário da corrupção política, gerando, inclusive, teses acadêmicas. Com Nobel Moura, conforme essas teses acadêmicas, a Política de Rondônia passou a ser vista comumente, no cenário nacional, de forma extremamente depreciativa e violenta.
 
Em termos de produção parlamentar, Nobel Moura também não deixou saudades. Ele foi o autor de projetos irrelevantes, que não foram à frente.
 
Nobel é de uma época em que seu colega Jabes Rabelo, irmão do mega-traficante Abidiel Rabelo, apresentou um projeto para que fosse autorizada a venda de cocaína nas farmácias. Dias depois, o irmão de Jabes foi preso com quinhentos quilos de cocaína e uma carteira da Câmara dos Deputados.
 
Leia a íntegra do trabalho acadêmico da professora JOSÉLIA GOMES NEVES sobre a política em Rondônia ( Clique aqui)
 
Professora Assistente da Universidade Federal de Rondônia – Campus de Ji-Paraná – Departamento de Ciências Humanas e Sociais. Rondônia, Brasil. Especialista em Psicopedagogia e Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. 2006
 
Médico ginecologista, Nobel Moura apresentou um projeto defendendo o aborto. E só. Pode-se dizer que Nobel Moura se antecipou ao PT e foi o pioneiro do mensalão no Brasil.
 
Seu envolvimento no episódio de aliciamento de deputados para aderir ao PSD, em troca de dinheiro, a fim de habilitar aquele partido a apresentar candidato próprio a presidente e vice-presidente da República na eleição de 1994, custou-lhe o mandato.
 
Leia a íntegra de trabalho acadêmico apresentado na Universidade Nacional de Brasília (UNB) sobre a corrupção eleitoral envolvendo políticos como Nobel Moura (Clique aqui)
 
As peripécias de Nobel Moura em Brasília têm passagens pitorescas, como a narrada pelo jornalista Policarpo Júnior, da Revista Veja, no livro A Arte de Entrevistar Bem, de Thaís Oyama, também de Veja:
 
Como Policarpo Júnior aprendeu a não começar uma entrevista pelo lide

Policarpo Júnior conta: "Fui entrevistar um parlamentar de Rondônia, Nobel Moura, acusado de comandar um esquema de compra de deputados para o seu partido, o PSD.

Tinha apenas uma dica de um colega dele, nenhum documento, nenhuma declaração em on. Era sexta-feira, dia do fechamento da matéria. O deputado fugiu de mim o dia inteiro. Só perto das três da tarde foi que eu descobri que ele estava escondido na liderança do partido. A essa altura, meu dead line (prazo final da entrega da matéria) estava se esgotando. Fui direto ao gabinete e fiquei lá apenas por alguns segundos. Fui embora com o deputado me xingando, depois de atirar um porta-lápis de acrílico nas minhas costas. Não foi para menos: a minha primeira e única pergunta foi: ‘Quanto o senhor está oferecendo para os deputados para que eles troquem de partido?’. Erro meu. Aprendi com o porta-lápis que é fundamental estudar o personagem antes de abordá-lo (no caso de Moura, isso seria especialmente valioso, uma vez que uma rápida pesquisa ou conversa com parlamentares lembraria o repórter de que o rondoniense era o mesmo que tempos atrás havia esmurrado uma deputada no rosto). Outra coisa que se deve fazer sempre é começar a entrevista pelo que menos interessa, numa espécie de pirâmide ao contrário. Nunca comece pelo lead.".
 
ASSASSINATO DO RADIALISTA MARINALDO SOUZA 
 
Após ser cassado, Nobel Moura foi condenado pelo assassinato do radialista Marinado Souza, de Machadinho do Oeste, num episódio envolvendo crime de pistolagem e tráfico de droga. O autor dos disparos contra o radialista, o policial militar conhecido como Paulo Bomba, morreu no Urso Branco, fulminado por um raio, quando jogava bola. Nobel chegou a ser condenado, mas fugiu.
 
Em seu blog Agentes da Lei, o veterano jornalista e radialista Dalton di Franco relata o caso:
 
“CASO MARINALDO
 
O radialista Marinaldo de Souza, que trabalhava em Machadinho do Oeste, foi executado a tiros na cabeça, na noite de 9 de fevereiro de 1995, em um varadouro transversal à estrada do Japonês, na zona rural de Porto Velho.
Conforme foi apurado pelo delegado Alberto Jaquier, na época titular da Delegacia de Homicídios, a execução do radialista foi encomendada pelo ex-deputado federal Nobel Moura, que mais tarde foi condenado pela Vara do Tribunal do Júri. Os executores foram descobertos e condenados. Suely Bittencourt Bezerra da Silva foi sentenciada a 19 anos de reclusão, Shirley Rejane Macedo Ribeiro a 12 e Paulo Mitoso de Lima, o Paulo Bomba, a 19. Em 1998, Paulo Mitoso morreu atingido por um raio quando jogava bola no pátio do Presídio Ênio Pinheiro. Shirley que colaborou com a Justiça já está em liberdade. Um quinto acusado, conhecido por Fernando, que foi convidado a participar da execução foi morto dias depois de Marinaldo, no bairro Embratel, numa ação típica de queima-de-arquivo, segundo a Polícia”.
 
VEJA TRECHO DE RELATÓRIO DA JUSTIÇA COM DETALHES SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE NOBEL NO ASSASSINATO DO RADIALISTA
 
Consta do presente inquérito policial que no dia 9 de fevereiro de 1.995, no horário compreendido entre as 20h30 e 21h30, em um lugar ermo, situado em uma estrada transversal à Estrada do Japonês, nas proximidades de uma fábrica de polpa de cupuaçu, nesta capital, os denunciados PAULO MITOSO DE LIMA, SUELY BITENCOURT BEZERRA DA SILVA E SHIRLEI REJANE MACEDO RIBEIRO, a mando e por encomenda mediante paga do denunciado ANTÔNIO NOBEL AIRES DE MOURA, fazendo uso de armas de fogo, tipo revólver, produziram na vítima MARINALDO DE SOUZA SILVA, os ferimentos descritos no Laudo Tanatoscópico de fls., que por sua natureza e sede foram a causa eficiente de sua morte.
 
Diz, ainda, que a vítima MARINALDO exercia a atividade de radialista no município de Machadinho, neste Estado, em decorrência do que, fazia críticas desabonadoras à vida e atuação política do denunciado ANTÔNIO NOBELMOURA, que, por sua vez, resolveu eliminá-lo e que,tomada a decisão, ANTÔNIO NOBEL MOURA, procurou sua comadre, estelionatária e denunciada SUELI, mais conhecida como "Sueli Negona" e ofereceu-lhe a importância de 2.000,00 (dois mil reais), para que desse um "sumiço" na vítima, sendo que, aceita a proposta, ANTÔNIO NOBEL MOURA, preparou uma substância líquida, colocou em uma seringa própria para injeções, entregando-a a SUELI, dizendo-lhe que fosse até Machadinho do Oeste e, como a vítima era viciada em drogas, a convidasse a fazer uso destas substâncias e a convencesse a fazer uso de droga injetável, lhe aplicando aquele líquido previamente preparado, sendo que, dentro de poucos minutos, a vítima sofreria uma parada cardíaca, morrendo sem deixar qualquer vestígio do crime. SUELI viajou para Machadinho em um veículo corcel, especialmente alugado para o "serviço", mas suas tentativas de execução foram frustradas pela constante presença da esposa da vítima.
 
De volta à Capital, passados alguns dias, SUELI, sabendo que sua amiga, a denunciada SHIRLEY REJANE MACEDO RIBEIRO, estava em dificuldades financeiras, propôs-lhe parceria na empreitada macabra, ou seja, a morte da vítima MARINALDO, dizendo que o "homem", se referindo ao mandante, lhe pagaria a importância de 1.000,00 (um mil reais) pela sua participação, explicando, apenas, que a vítima precisava morrer porque falava demais. Aceita a proposta por SHIRLEY, esta disse que conhecia uma pessoa ideal para executar o "serviço". Foi à procura do soldado PM, denunciado PAULO MITOSO DE LIMA, expondo-lhe a situação e o convidando para a realização, preparação e morte da vítima, mediante o pagamento de 200,00 (duzentos reais). SHIRLEY justificou o convite a PAULO, dizendo que já o conhecia como elemento violento e que vivia "arrochando" as pessoas para apropriar-se de seus pertences. Aceita a proposta, PAULO disse que levaria mais uma pessoa de sua confiança, tratando-se do marginal contumaz de nome MARCIO DOMINGOS SANTOS, que dias depois foi vítima de assassinato nesta capital.
 
Conhecidos os participantes, passaram a elaborar o plano de ação e a distribuir as tarefas. Nesta altura, o denunciado-mandante, ANTÔNIO NOBEL MOURA, informou à denunciada SUELI que não mais precisavam deslocarem-se para Machadinho, pois, segundo seus informantes, a vítima estava viajando para esta Capital, onde então, com mais facilidade, poderiam fazer o "serviço".
 
A denunciada SHIRLEI foi encarregada de conquistar a confiança da vítima, se insinuando para ela e demonstrando ser usuária de drogas. Cumprida esta primeira parte, SHIRLEI convidou MARINALDO para fazerem uso de algumas "parangas de mela", nos arredores da cidade, ficando acertado que o pegaria no Hotel Ouro Fino por volta das 22h. Em seguida, SHIRLEI procurou os demais executores, comunicando que seria naquela noite, quando, então, todos, sob a orientação de SUELI, começaram a andar por vários lugares ermos, até que SUELI se decidiu por aquele já descrito na denúncia.
 
Por volta das 19h, a denunciada SHIRLEI, dirigindo seu veículo escort cinza, transportou os denunciados PAULO, SUELI e o falecido MÁRCIO, até o local já escolhido, onde ficaram escondidos, antes, porém, acertaram que tudo seria feito de modo que parecesse à vítima que seria um assalto. SHIRLEI retornou ao centro da cidade, foi até o Hotel Ouro Fino, apanhou a vítima, que sem nada desconfiar a acompanhou como um cordeiro a caminho do sacrifício. Ao chegarem no local, SHIRLEI e MARINALDO desceram, preparando-se para usarem drogas, quando, após um sinal de SHIRLEI, PAULO e MÁRCIO se aproximaram e, de armas em punho, renderam MARINALDO e fingiram "render" SHIRLEI, anunciando o assalto. Não aceitando suas ponderações, PAULO e MÁRCIO retiraram a camisa da vítima e a rasgaram ao meio, fazendo tiras de uma das partes, para, em seguida, amarrarem suas mãos para trás, a empurrando para dentro da mata até chegarem a um lugar apropriado. Com a vítima caminhando à sua frente, aos empurrões, PAULO desferiu o primeiro tiro em seu pescoço, tendo esta caído ao chão desferindo mais dois tiros depois e MÁRCIO, ao completar o serviço, disparou mais três tiros nas costas dela.
 
O modo como foi executada a vítima, com seus algozes simulando um assalto, em seguida a imobilizando com as mãos amarradas nas costas, obrigando-a a caminhar para dentro do mato, impôs-lhe um sofrimento prolongado e desnecessário, além de impossibilitar-lhe qualquer chance de defesa. Agiram, ainda, de modo que, após concluído o "trabalho", o cadáver ficasse oculto no matagal, dificultando as investigações e a identificação dos autores.
 
Morto MARINALDO, PAULO saqueou seus restos mortais, sacando do seu bolso, sua carteira e, do seu interior, se apoderou de 15,00 (quinze reais), os quais dividiu entre ele, SUELI e MÁRCIO.
 
Missão cumprida, a denunciada SUELI, de posse dos documentos e de parte da camisa, levou até o mandante, denunciado ANTÔNIO NOBEL MOURA, como prova, oportunidade em que recebeu o restante do pagamento, no valor de 1.000,00 (um mil reais) e, posteriormente, repassou para a denunciada SHIRLEI, a qual, por sua vez, repassou a importância de 200,00 (duzentos reais) para o denunciado PAULO, que se comprometeu a acertar com MÁRCIO pela sua participação.
 
Entendendo o Ministério Público que os réus eram nocivos à sociedade, contra eles entrou com pedido de prisão preventiva, o qual foi deferido.
 
O sumário da culpa foi concluído e, na data de 30 de junho de 1995, a denunciada SUELI BITENCOURT, juntamente com os demais denunciados, foi pronunciada nos exatos termos da denúncia pelo juízo a quo, permanecendo os réus presos para o julgamento, com exceção do denunciado Antônio Nobel Moura, por ter intentado fuga.
 
Ciente da sentença de pronúncia, dela recorreu em sentido estrito em 17 de julho de 1995 e teve seu recurso improvido por unanimidade nesta Corte.
 
HOJE
 
Como num jogo de cartas marcadas, ao término da votação que teria por objeto discutir a quem o nanico PHS iria declarar apoio, Confúcio entrou na sala de reunião para agradecer o apoio, ou seja, enquanto supostamente decidiam quem seria apoiado, Confúcio já estava do lado de fora “aguardando o resultado” positivo. Só não esperem ver os irmãos Confúcio e Nobel Moura juntos antes das eleições. Com uma boa estratégia de marketing, o candidato a governador evita aparições públicas ao lado do controvertido irmão.
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