FORA RACISMO - Aumenta o coro pela saída de Jair - Por Valdemir Caldas

Da Redação

19 de Agosto de 2009 às 08:24

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FORA RACISMO - Aumenta o coro pela saída de Jair - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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É extremamente deprimente a conduta do Secretário Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB), Jair Ramires (ex-crítico ferrenho do prefeito Roberto Sobrinho e, hoje, aliado de primeira hora do dirigente comunal), diante de sua eminente exoneração. Acusado de cometer ilicitudes, no âmbito de sua repartição, e, mais recentemente, condenado por prática de racismo, Jair não tem medido esforços no sentido de sobreviver à decapitação palaciana.

Muitos poderão dizer que se não trata da primeira vez em que um ocupante de cargo público tenha chegado às raias do ridículo para manter-se na crista da onda, desfrutando das mordomias que, em uma sociedade que confunde o interesse público com os apetites pessoais, ocorre com certa freqüência. Sobrinho não tem outra saída. Se quiser recuperar um pouco a imagem de credibilidade com que foi acolhido nos primeiros meses de seu segundo mandato, precisa lançar Jair às feras.

Na verdade, o prefeito deveria aproveitar o ensejo para desfazer-se de outros auxiliares, que só comprometem sua mensagem de honestidade e bons propósitos na condução da coisa pública. Agora, mesmo, a Câmara Municipal aprovou um requerimento da vereadora Mariana Carvalho, convidando o Secretário Municipal de Administração (SEMAD), Joelcimar Sampaio, o homem que comanda as licitações da prefeitura e amigo do peito de Sobrinho, para prestar esclarecimentos sobre denuncias envolvendo as obras da rua José Vieira Caúla.

Como se trata de um simples convite, Joelcimar não é obrigado a comparecer. Agora, se a Câmara o tivesse convocado, aí, então, a situação seria diferente. Segundo a Lei Orgânica do Município, o prefeito, o vice-prefeito, o procurador-geral e os secretários, quando convocados pela Câmara, terão oito dias para, pessoalmente, prestarem as informação sobre o assunto, importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificação apropriada.

Jair tem feito de tudo para permanecer à frente da SEMUSB. Quando foi chamando à Câmara, para tentar esclarecer o escândalo da compra de grama, não resistiu à pressão e caiu no choro. Recentemente Jair colecionou mais uma condenação entre tantas na sua lúgubre carreira política. Agora, por crime de racismo. Na administração do prefeito Carlinhos Camurça teria espatifado o joelho de um gari com um botinada. Por essas (e outras) justifica plenamente sua decapitação da equipe de Sobrinho.

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