Um Negócio do Outro Mundo - Por Valdemir Caldas

Da Redação

21 de Março de 2009 às 08:11

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Um Negócio do Outro Mundo - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O palácio Tancredo Neves tornou-se, nos últimos dias, o epicentro de uma crise sem precedente, que, aos poucos, mais minando as bases da administração municipal e, de quebra, comprometendo a imagem de seu comandante-em-chefe.

Acossado, tendo que enfrentar, quase que diariamente, um rosário de denúncias e reclamações envolvendo setores do governo, o prefeito Roberto Sobrinho tem-se mostrado aturdido diante de tantos arreganhos, causando, assim, uma grande inquietação no seio da população, que já começa a colocar em xeque a autoridade do dirigente comunal.

Com justificadas razões, calcadas, sobretudo na esperança que jamais se esgota nos corações dos munícipes portovelhense, a cidadania aguarda, com ansiedade, que o prefeito tenha a grandeza que o momento dele exige, não se deixando pressionar por bajuladores contumazes e companheiros de partido, mas adotando medidas que venham ao encontro dos interesses coletivos.

Não é por demais repisar, contudo, que Sobrinho chegou ao comando municipal, pela segunda vez, prometendo controlar as despesas da máquina oficial, combater, sem trégua, a corrupção, o nepotismo, o clientelismo e os desmandos e punir, rigorosamente, os que entendem ser o serviço público um repasto à satisfação de privilégios menores.

É preciso que o prefeito aja com a autoridade de quem realmente está no comando da nau. Caso contrário, só contribui para consolidar no seio da sociedade a idéia de que, no seu governo, há muitos chefes para poucos índios.

Na manhã desta sexta-feira (20), cinco vereadores, revoltados com a incompetência do Secretário Municipal de Obras, Marcelo Fernandes, indicado pela senadora Fátima Cleide, para substituir Edison Silveira, resolveram protestar na frente do prédio da SEMOB.

Depois da grama esmeralda, comprada a peso de ouro, o Secretário Municipal de Serviços Básicos, Jair Ramires, voltou a ser alvo mais de mais uma denúncia. Deixou o terreno dos vivos para mexer com os mortos.

A SEMUSB é acusada de pagar mais de cento e oitenta mil reais a uma empresa para limpar os dois cemitérios da capital (Santo Antonio e Inocentes), nos meses de setembro, outubro e novembro do ano passado. A denúncia foi postada no jornal RONDONIAOVIVO.

Até aí nada demais, exceto pelo fato de que o trabalho nunca teria sido executado. Informações dão conta de que os serviços de roço e capina dos cemitérios, desde há muito, vêm sendo feitos por servidores da própria prefeitura. Pelo andar da carruagem, os competentes promotores do Ministério Público vão ter muito trabalho pela frente.

Prefeito Roberto Sobrinho, faça alguma coisa. Por favor! Fingir que não está acontecendo nada, não é a melhor estratégia. O povo não é idiota. Tentar tapar o sol com uma peneira, só vai aumentar ainda mais o cipoal de problemas no qual sua administração está mergulhada.

Já passou da hora de o senhor fazer uma faxina no primeiro escalão da prefeitura, mandando muitos dos que o cercam para casa, companheiros ou não. Será melhor para a imagem de seu governo e, principalmente, para o bolso do contribuinte, que não mais precisará pagar por serviços que jamais foram realizados.

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