Urnas revelam um PMDB onde sobram nomes capazes de escarnecer desafios em 2010 - Por Paulo Queiroz

Urnas revelam um PMDB onde sobram nomes capazes de escarnecer desafios em 2010 - Por Paulo Queiroz

Urnas revelam um PMDB onde sobram nomes capazes de escarnecer desafios em 2010 - Por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

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Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz
 
 
1 – SINAIS DAS URNAS
 
Dentre as marcas que emergiram das urnas domingo passado (05) capazes de vincar o quadro das eleições de 2010, já na quarta-feira (08) a coluna destacou a que julgou maior entre as mais evidentes, fundada na observação segundo a qual, do principal grupo de oposição ao governo estadual hoje, o prefeito Roberto Sobrinho (PT), de Porto Velho, é o único nome em torno do qual será possível a replicação da aliança vitoriosa na Capital (PT/PMDB/PDT) para disputar a sucessão do governador Ivo Cassol. (sem partido). Claro que o cenário a ser desenhado só terá sustentação na hipótese de que essa será a vontade de Sobrinho.
 
Para encurtar a conversa, numa demonstração cartesiana, repare o leitor que, de todos os possíveis protagonistas que com esse propósito do grupo possam surgir, se não é o único que delas dispõe, Sobrinho é aquele que, concretamente, mais balas tem na agulha para engatar uma estratégia de tomada do poder estadual e dela portar-se à frente. Como seu vice é um peemedebista, pode propor ao PMDB ficar com a Prefeitura de meados de 2010 em diante (com a garapa da reeleição em 2012) e ao PDT indicar o candidato a vice-governador ou um naco da administração municipal (caso em que o PMDB indicaria o vice) de modo que, em troca (e empunhando a bandeira do PT), possa comandar aquelas duas legendas na investida ao Palácio Presidente Vargas.
 
Para as duas agremiações, na pior das tragédias, restará o comando da Capital por mais de dois anos com uma reeleição pela frente, sancionando o ditado segundo o qual é melhor um pássaro na mão... etc. Para Sobrinho e o PT sobrará lamber as feridas, porquanto ter-se-á assumido o maior risco tendo em vista que, para o partido e seu prócer, a premiação era a suprema. Considerando que a bordo de um arranjo desses não seria difícil ao casal Raupp renovar os respectivos mandatos e ainda acomodar as principais lideranças peemedebistas em candidaturas promissoras (o que vale também para o PDT), parece um negócio da China.
 
2 – PODER EM JOGO
 
Tudo estaria dentro dos conformes não fosse o objeto da política a conquista do poder, algo que, pelas paixões que envolve e pelo que em magnitude de interesses representa, dispensa os serviços do cartesianismo até aqui requerido para construir esse raciocínio. Se até agora se considerou que, para Sobrinho e seu PT, pode ser aceitável renunciar à segurança de uma Prefeitura de Capital em troca de uma disputa onde a possibilidade de acabar lambendo as feridas é factível, de um tal risco também não se esquivarão jamais os seus parceiros, independentemente da segurança que se lhes possa oferecer, porquanto o que está em jogo é o poder – a premiação suprema.
 
Ao contrário da energia física, sujeita à segunda lei da termodinâmica (entropia), ou seja, submetida a uma constante e irremissível degradação em calor, o poder político tende sempre, pela sua natureza, à concentração e às altitudes cada vez mais elevadas. Se dois insucessos majoritários seguidos do líder Acir Gurgacz, em torno do qual hoje gravita o PDT rondoniense, não chegam a encorajar a sigla a um vôo cego, no que diz respeito ao PMDB do pedaço, neste momento, sobram nomes com capital político de giro até para escarnecer do mais assustador dos desafios.
 
Agregados os valores que das urnas lhe saíram, há hoje no partido pelo menos quatro nomes capazes de excitar agudamente a confiança dos apostadores ao encabeçar uma chapa para disputar o governo, seja qual for a robustez e a diversidade forças que se aglutinarem no campo oposto. A começar pelo seu dirigente maior no Estado, o senador Valdir Raupp, que se antes da eleição já não era um suporte desprezível para amparar uma candidatura para lá de competitiva, ao infligir derrota ao governador Ivo Cassol (sem partido) no seu terreiro no auge do seu (de Cassol) prestígio - com a vitória do peemedebista Tião Serraia em Rolim de Moura -, elevou-se tanto em força política e em autoridade moral que aqui ficou difícil enxergar a sombra de alguém à sua frente.
 
3 – SUPER PLANTEL
 
Conquanto Cassol possa ter dado o troco ao destroçar o reinado Donadon em Vilhena, meio que equilibrando o jogo (o que projeta mais emoção para o próximo embate), no resumo o PMDB é que saiu fortalecido das refregas municipais. É só constatar que, entre aqueles que são os municípios eleitoralmente mais densos, o PMDB venceu – pormenores como Itapuã à parte - em Ariquemes, Jaru, Presidente Médici, Rolim de Moura, Espigão do Oeste e Pimenta Bueno. Sem falar em Porto Velho, Cacoal e Ouro Preto, onde emplacou o vice-prefeito em coligações com o PTC neste e com o PT nos dois primeiros.
 
Circunstâncias em que, pela natureza da política, pressões exponenciais de tudo quanto é lado estarão sendo exercidas sobre a legenda clamando por uma chapa em 2010, sob pena de inscrição imediata dos seus dirigentes no “Tratado Geral da Indolência”.
 
Sobretudo porque, além de Raupp, o partido dispõe de Suely Aragão, duas vezes eleita deputada estadual (no segundo mandato, com a 2ª maior votação da Casa), prefeita reeleita de Cacoal e, façanha maior (deliberada ou equivocadamente ainda não destacada pela mídia), protagonista da vitória do sucessor, o Padre Franco (PT), contemplado com nada menos que a maior votação da história do município. E o que é mais importante – vai postular a candidatura da legenda para o governo.
 
Tem também Marinha Raupp, quatro vezes eleita deputada federal (em 2006, com a maior votação da história do Estado), por cujo gabinete transitam, em rota preferencial, os 52 prefeitos dos 52 municípios locais – é só por aí já se pode entrever a magnitude do cacife. No entanto, não postulará a candidatura. Diz ela.
 
Por último – até porque possivelmente mais importante -, há Confúcio Moura, três vezes eleito deputado federal e reeleito agora prefeito de Ariquemes com a aprovação de 72,8% do eleitorado – uma vitória tão consagradora que para analisá-la só mesmo uma coluna à parte. Não abre mão da postulação. Com tal plantel, Sobrinho à parte, é quase impossível 2010 sem candidato do PMDB.
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