Grupo levou os jornais e ameaçou coordenador da equipe de distribuição
O jornal Imprensa Popular sofreu na noite deste domingo (28), uma tentativa de intimidação por parte de correligionários que defendiam o candidato à reeleição Roberto Sobrinho (PT). Por volta das 21h30, um grupo formado por oito homens cercou o coordenador da equipe de distribuição do jornal, João Paulo dos Santos. Encurralado por oito” brutamontes”, Santos teve os jornais que carregava furtados e foi ameaçado. "Me disseram que se eu continuasse a distribuir os jornais, eles iriam me pegar", conta.
O ataque parece ter surgido após o coordenador ter recusado a proposta feita por um homem baixo, de bigode espichado, que queria pagar-lhe em troca de todos os jornais que carregava. "O homem me perguntou um monte de coisa e depois perguntou se eu não queria ganhar alguma coisa em troca de todos os jornais que seriam distribuídos. Logo depois que recusei a oferta, uma pick-up S10 prata parou à minha frente, de onde desceram oito capangas".
João Paulo dos Santos conta que assim que o bando o cercou, tomaram-lhe os jornais que tinha à mão e disseram: "Esse jornal aqui vive batendo no prefeito... Não pode circular, não." Santos disse que tentou então acalmar o grupo, a fim de tentar se esquivar. "Eles então me soltaram e disseram que se eu não cessasse a distribuição, iriam me pegar", contou.
Histórico
Em seus quase quatro anos à frente da prefeitura, o prefeito Roberto Sobrinho tem mostrado um teor autoritário na relação que tem com a imprensa. O mais recente incidente, que corrobora essa constatação, foi a agressão desferida contra o jornalista Paulo Andreoli, diretor do site jornalístico Rondônia ao vivo.
No dia 28 de maio último, durante a "caminhada do Dia do Desafio", Andreoli perguntou ao prefeito quem teria pago pela confecção de banners eleitoreiros, que elogiavam Sobrinho pelas obras na cidade. O prefeito simplesmente partiu para cima do repórter, dizendo "foi você, seu filho da puta". O incidente foi todo gravado pela equipe de reportagem e serve de prova na ação que Andreoli move contra o prefeito Roberto Sobrinho.