Miopia fatal - por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Nem mesmo o termômetro popular, apontando o baixíssimo nível do conceito em que são tidos pela sociedade, faz suas excelências se condescenderem em por a mão na consciência (se é que as tem), dar uma parada e refletir sobre os males que esse comportamento nefasto representa para o estado.
O que se observa, hoje, é uma apatia generalizada com os problemas sociais, onde cada um procura, a qualquer custo, defender seus privilégios, em detrimento dos interesses coletivos. Até o petismo, que, durante vinte anos, empunhou a bandeira da ética e da moralidade pública, hoje, não diz absolutamente nada, diante de tantas bandalheiras, patrocinadas com dinheiro do contribuinte.
Nunca se viu tanta trapalhada, tanta esculhambação, tanta falta de escrúpulos, de sensibilidade ética e de espírito público. Há, em muitos deles, uma anestesia total, que chega às raiais da desfaçatez.
Sem seriedade político-administrativa, é claro, jamais conseguiremos melhorar a imagem do estado, dentro e fora do país, buscando inseri-lo no contexto dos entes federados desenvolvidos, dotando-o de estruturas sólidas e eficientes, capazes de funcionar em proveito da coletividade.
O emprego da esperteza, como chamariz para atender prerrogativas imorais, representa um contra-senso e um retrocesso que não pode ser tolerado nem aceito, tacitamente, sem protestos.
A sociedade rondoniense precisa acordar, unir suas forças e sair às ruas para repudiar essa falta de respeito (para não dizer coisa pior) de cidadãos que prometeram, durante a campanha eleitoral, ser os guardiões da justiça, da ética e, principalmente, defender as legítimas aspirações da sociedade.
É preciso combater, sem trégua, os políticos fisiológicos e vira-casacas, traidores da consciência social, muitos dos quais se elegeram enrolados na bandeira na ética e condenando a corrupção. Hoje, patrocinam sinecuras e transações indecorosas.
Estamos às portas de novos pleitos municipais. Não se diga que as eleições representem a panacéia para os graves e crônicos problemas do município de Porto Velho, mas se não pode negar que elas não sejam um extraordinário movimento cívico, que outorga ao povo o direito legitimo de escolher, entre tantos postulantes, aqueles que se lhe apresentam como os mais bem preparados para o múnus público.
Quanto à maioria dos senhores, com assento na ALE, logo colherá o fruto amargo de sua semeadura maldita, porque o povo não é idiota. Ele não mais vai submeter-se à narcose da burla dos que confundem o patrimônio público como se o mesmo fosse a de seus negócios nada convencionais aos olhos da Justiça.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!