Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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Enquanto projeto do PT parece mais estruturado, PV dá a maior demonstração de força 1 – PRIMEIRAS IMPRESSÕES Não bastasse figurar no topo das sondagens preliminares sobre intenções de voto, contar com a militância partidária mais aguerrida entre todas do contexto na vanguarda do palanque e a irrefutável vantagem de disputar a reeleição no cargo, o prefeito Roberto Sobrinho (PT), de Porto Velho, pelo jeito vai pilotar o projeto de campanha eleitoral mais bem estruturado da disputa. Ao menos é o que acaba de demonstrar o recém encerrado período das convenções em que os partidos definiram suas candidaturas. Ou seja, entre todas as convenções partidárias da Capital, a do PT foi a única em que, não obstante alguma tensão (até para não perder em emoção), o improviso não se fez notar como marca principal. Afora uma difusa expectativa acerca da eventual inclusão do DEM no pelotão de legendas que vai escoltar a candidatura - de resto, não confirmada -, tudo ocorreu como estava previsto na convenção petista que formatou as chapas com as quais a agremiação vai participar do pleito. No final das contas, Sobrinho vai entrar na disputa com o candidato a vice-prefeito por ele próprio escolhido há quase um ano (o vereador e ex-secretário municipal de Esportes Emerson Castro - PMDB), apoiado pelos partidos que também de igual modo elegeu como parceiros preferenciais (PMDB e PDT à frente) e com uma lista de candidatos a vereador das mais robustas – só perde em quantidade para a que vai escoltar o postulante do PV. Diversamente do que ocorreu, como saltou aos olhos, com todas as demais convenções, onde o inopinado e a surpresa, mormente no que diz respeito às definições das candidaturas de vice-prefeito, deixaram a impressão de falta de zelo. Quando nada quanto às comissões de frente com que cada grupo vai se apresentar, quiçá no que diz respeito aos projetos em sua essência, mesmo considerando que a política é a morada predileta da imprevisibilidade. Por isso mesmo, não precisa do concurso dos agentes que por intermédio dela pretendem estruturar-se para desandar em desorganização. 2 – O CASO PSOL Pelo imponderável, por exemplo, não se chega a algo que possa servir como desculpa para um partido de diminuta conformação, cuja militância porto-velhense com esforço excederia a lotação de um mini-ônibus, chegar ao dia da convenção para só então descobrir que o único postulante à candidatura de vice-prefeito não mais poderá sê-lo por estar irregular junto à Justiça Eleitoral. O partido de que se fala, leitor, é o PSOL e põe irregularidade nisso. Entre outras coisas, segundo se informou na ocasião, o candidato à candidatura, jornalista Marcelo Régis, sequer cumprira com sua obrigação de votar no pleito anterior, razão pela qual nem mesmo teria dado as caras na convenção. Menos mal para os psolistas porquanto, nesse caso, a emenda parece ter resultado melhor que o soneto. Conquanto Régis pudesse emprestar mais visibilidade ao palanque do professor Adilson Siqueira, a substituição operada com certeza vai conferir muito mais envergadura ao projeto socialista. Professora da Unir, Maria Madalena Ferreira é mestra em Geografia pela USP e doutora em Desenvolvimento Regional e Planejamento Ambiental pela Unesp. Na Unir, além de ministrar várias disciplinas, é a coordenadora do Laboratório de Cartografia e Geografia (Labocart). Vice nesse patamar tem apenas o candidato do PCdoB, Davi Chiquilito, que vem na companhia do economista Sílvio Persivo, doutor em Desenvolvimento Sustentável, escritor, poeta e professor de Economia Internacional e Planejamento Estratégico da Unir. Longe, porém, de esses títulos constituírem-se nas únicas razões para caracterizar a Madalena Ferreira como uma das candidaturas a vice das mais qualificadas – senão a mais distinguida entre todas. Quem disso duvidar que se dê ao trabalho de examinar o seu parecer, enquanto representante da Unir, sobre o Plano Diretor de Porto Velho – este mesmo enviado pela administração petista para deliberação na Câmara. Quer dizer, sabe muito acerca de políticas de desenvolvimento e de expansão urbana locais. 3 – PSDB SEM VICE Menos por imprevisão e mais pelo desejo de robustecer o quanto possível a chapa majoritária, o improviso também não se fez de rogado na definição do companheiro de chapa do candidato que vai comandar a maior aliança partidária desta eleição (12 partidos, mais de uma centena de candidatos a vereador contra 96 da coligação petista, a segunda maior do pleito) – o deputado federal Lindomar Garçom (PV). Em menos de uma semana, nos dias que antecederam a convenção multipartidária o candidato verde freqüentou o noticiário na companhia de Silvana Davis (PSL), Cláudia Carvalho (PPS), Ted Wilson (DEM) e Valter Araújo (PTB) – todos esses nomes dados como certos para ocupar a candidatura. Que terminou sendo ocupada pelo pastor João Leão (PTB), de longe a maior surpresa do período. Isto posto, abra-se um parêntese para destacar que, no que diz respeito à questão de dizer a que veio, o candidato do PV não quis saber do improviso, principalmente quando se tratou de exibir seu arsenal e dar uma demonstração de força. Ladeou-se entre o governador Ivo Cassol (sem partido) e o senador Expedito Júnior (PR) para erigir-se candidato diante da maior e mais trepidante torcida reunida em uma convenção entre todas – chegou-se a falar em 8 mil pessoas. Um começo e tanto. Quem não perdeu a viagem por completo foi Silvana Davis, que se não logrou emplacar como vice de Garçom, terminou por ocupar o mesmo posto no palanque do deputado Alexandre Brito (PTC), uma candidatura subsidiária do projeto comandado pelo deputado federal verde que por pouco não ficou entre as outras tantas que chegaram a ser anunciadas e se perderam pelo caminho. Como também serve aos propósitos do Palácio Presidente Vargas, cogita-se que, para não comprometer Garçom, é daí que deverão partir os ataques mais peçonhentos ao prefeito Roberto Sobrinho. Último a realizar a convenção do seu partido – convocou-a para as derradeiras oito horas do prazo -, o deputado federal Mauro Nazif (PSB), ao menos desta vez, não terá incorrido no improviso já incorporado ao seu estilo por desleixo. Esperou até a 25ª hora – é possível que ainda permaneça esperando, porquanto o prazo letal vence mesmo no sábado (05) - que a razoabilidade batesse a porta do ex-deputado federal Hamilton Casara (PSDB) para tê-lo como vice. Não deu. Em compensação, nesse torneio de improvisações, Hamilton levou a taça com louvor: saiu da convenção candidato, mas, até o momento em que estas estavam sendo remetidas à edição, sem vice.
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