Em entrevista concedida ao Rondoniaovivo.com, o candidato indicado pelo Partido Socialismo Liberdade (P-Sol), o professor universitário Adilson Siqueira, afirmou que pretende apresentar um plano de governo para administrar o município de Porto Velho, caso seja leito, que tenha ampla participação da comunidade.
Siqueira afirmou que o partido é composto de muitas pessoas capacitadas que já elaboram este plano, mas mesmo assim, não irão deixar de discuti-lo com os representantes de entidades civis organizadas através de reuniões em bairros, associações, etc.
A demonstração dessa força, segundo Adilson, foi a nominata composta com 22 nomes na disputa à Câmara, de filiados competentes e comprometidos com o social.
Siqueira entende que sua candidatura é uma alternativa à população de Porto Velho pois não faz parte de nenhum grupo político ou econômico. “Nosso compromisso é com o povo e não com grupos que representam uma minoria que detêm o poder”.
Para apresentar um plano voltado para a realidade econômica da capital e completamente viável, o P-Sol requereu no Tribunal de Contas do Estado, os relatórios do corpo técnico do Ministério Público junto ao TCE dos pareceres prévios e Acórdãos referente às prestações de contas dos exercícios de 2005 a 2007.
Algumas metas porém, o candidato fez questão de destacar que farão parte das prioridades de sua campanha, como as descritas abaixo.
TRÂNSITO e MOBILIDADE URBANA
“Vemos que o transporte na capital está um verdadeiro caos e a tendência é piorar com o aumento de carros e da própria população”, cita Adilson. Para o presidente regional da sigla, é necessário ampliar e dar emergência na abertura de novas vias, da construção do anel viário, mas principalmente, levar para o debate a questão do transporte público.
MONOPÓLIOS
Siqueira também garante que em seu plano de governo irá debater e colocar em pauta, se eleito, a questão dos monopólios do município, entre eles o transporte público e a coleta de lixo. “Não podemos deixar a população à mercê de grupos empresariais que dominam esses serviços que são essenciais para o indivíduo”, afirma Siqueira.
SEGURANÇA
“A Guarda Municipal pode ser realidade”, garante o candidato. Segundo o Siqueira, hoje o município tem segurança através de convênios firmado com a Polícia Militar e o governo do Estado. Já existe Lei Federal que obriga o município a ter sua Guarda , porém em Porto Velho ela aguarda regulamentação. “O município pode perfeitamente manter uma Guarda com os 50% que são repassados à prefeitura do IPVA e dos 80% das multas de trânsito”.
Segundo Adilson, inicialmente esta Guarda ficaria responsável pelo trânsito e proteção do patrimônio público, que atualmente tem a segurança mantida por contratos de segurança com empresas privadas.
SANEAMENTO
Exigir que o estado faça a sua parte e garanta que a à Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) leve água tratada para toda a população. “Não podemos deixar a população continuar consumindo uma água de poços caseiros em que já está comprovado, estão 100% contaminados com coliforme fecais”.
Dar tratamento diferenciado ao escoamento das águas através do saneamento, que não existe em 2% da capital, segundo Adilson é meta e não se pode mais deixar passar essa questão. “São serviços básicos que garantem saúde à população pois isto reduzirá sem dúvida o atendimento em casos de baixa complexidade”, garante o candidato.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Ordenar as políticas públicas entre elas o atendimento nos postos de saúde também está nas prioridades. Siqueira diz que se preocupa e não vê investimentos no sentido de preparar as unidades de saúde, tanto com pessoal, como aparelhamento, do aumento anunciado dos casos de malária em Porto Velho com a vinda de migrantes para trabalhar nas usinas.
A instalação de um Pronto Socorro do município, é entendida pelo político como um dos pontos de partida para desafogar o atendimento no atual PS do estado e o atendimento dentro das unidades de saúde por 24h.
Os núcleos na cidade, tipo mini-prefeituras também farão parte do projeto para ordenar as políticas públicas. Siqueira entende que a prefeitura tem que estar mais próxima do povo e ouvir suas reclamações e sugestões.
Aliado a isso, uma maior divulgação dos direitos e deveres do cidadão e do ente-público “para que na hora que tivermos que aprovar grandes projetos para a sociedade, a população possa participar plenamente das discussões”, finaliza Siqueira.