Política em Três Tempos - por Paulo Queiroz

Política em Três Tempos - por Paulo Queiroz

Política em Três Tempos - por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

1 – SOBRINHO NO TOPO Vai muito bem, obrigado, a avaliação da administração do prefeito Roberto Sobrinho (PT), de Porto Velho, por parte da população. Isto é, pelo menos, o que mostra a pesquisa do Instituto Fênix fechada recentemente a partir de dados colhidos entre os dias 06 e 08 passados, período em que foram realizadas 443 entrevistas no município. Pela amostra, para 48,1% dos porto-velhenses a administração petista da Capital é considerada ótima (20,8%) e boa (27,3%). Conquanto para lá de favoráveis, tais números não devem ter surpreendido o leitor mais atilado, a cuja perspicácia não deverá ter passado despercebido que o período da consulta coincide com aquele imediatamente após a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e Habitação (Semur) ter realizado, com pompa e circunstância, uma cerimônia para que Roberto Sobrinho entregasse 2 mil 467 escrituras de imóveis residenciais aos moradores do Bairro Tancredo Neves e anunciasse a entrega de outros 8 mil 528 documentos da mesma natureza para etapa seguinte do programa. Foi no dia 31 de março, sábado pela manhã, dia e hora bastante apropriados para o fato ser repercutido, primeiro por intermédio dos noticiários do rádio e da TV quando grande parte da população está em casa, e, depois, pelas edições dominicais da mídia impressa (as maiores da semana). Não bastasse a esperteza, este é um tema de fácil, rápida e desmesurada propagação através do chamado boca a boca, a conhecida “rádio peão”. Os beneficiários são pessoas que não têm o registro de suas propriedades e, portanto, sequer endereço oficial, necessário para tudo quanto é transação legal, desde a venda à requisição de financiamento bancário, por exemplo, passando pelo direito deixá-las como herança e tantas outras mais. Tanto assim o é que um morador de área irregular que abre um comércio no local, este será também ilegal. Não por acaso a regularização fundiária foi a principal plataforma da campanha de Sobrinho, não obstante a elevada improbabilidade original. 2 – PARA PREFEITO Do mesmo modo como parece estar sendo decisiva para manter a popularidade do prefeito porto-velhense no topo, a questão também poderia ter sepultado a carreira de Sobrinho, pois tirante um magote de petistas, pouca gente acreditava que a promessa de campanha chegasse ao menos a ser tangenciada na gestão. Menos pela flagrante inexperiência do sindicalista que se propunha administrar uma capital e mais, muito mais, pela intrincada situação da área urbana de Porto Velho. Mas isso é outra história, porquanto há mais da pesquisa do Fênix à espera de atenção, como as primeiras sondagens sobre as eleições do ano que vem, a percepção dos porto-velhenses sobre as usinas do Madeira, sua avaliação sobre os senadores e opiniões sobre a nova Assembléia Legislativa. Quanto aos nomes lembrados como opções para disputar a sucessão municipal em 2008, no processo estimulado, obviamente o do prefeito Roberto Sobrinho haveria de aparecer encabeçando a lista, como consta com 20,1% das preferências, seguido pelo Zequinha Araújo (9,8%), Carlinhos Camurça (8,6%), deputados federais Mauro Nazif (7,8%), Lindomar Garçom (7,0%) e Eduardo Valverde (2,9%), além de Silvana Davis (1,1%), Valter Araújo (4,1%) e José Augusto (1,8%). Para 5,2% não serve qualquer desses nomes e 30,5%, mesmo diante de tantas opções, ainda não saberiam dizer em quem votar. Na pesquisa espontânea, as novidades foram as inclusões, pelos entrevistados, naturalmente, de nomes que não foram mostrados pelos entrevistadores para a coleta das opiniões estimuladas. Como Miguel de Souza (lembrado por 3,2% dos consultados), Fátima Cleide (1,6%), Paulo Morais, José Ribamar e Alan Queiroz (1,1% cada) e o ex-prefeito José Guedes (0,5%). E em que pese ter sido mencionado por 4,1% na pesquisa estimulada, Valter Araújo não foi lembrado por ninguém na espontânea. Para vereador, agora no processo necessariamente espontâneo, os mais citados foram Zequinha Araújo (6,1%), Alan Queiroz (4,1%), Ted Wilson (3,6%) e Arimar Sá (2,7%). 3 – SENADORES E ALE Para avaliar o desempenho dos senadores e colher opiniões sobre as usinas do Madeira e o processo de moralização da Assembléia Legislativa, segundo o texto de apresentação da pesquisa, o Instituto Fênix ampliou os trabalhos estendendo a sondagem aos municípios de Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, onde foram realizadas 231 e 113 entrevistas respectivamente. Pelo menos nesse universo e no atacado, os três senadores estão agradando, não chegando a ser significativamente relevantes as discrepâncias entre os indicadores. Tanto que o menos aquinhoado, Expedito Júnior (PR), consegue exibir cintilantes 36,5% de ótimo (16,2%) e bom (20,3%), seguido por Valdir Raupp, com 43,8% de ótimo (18,5%) e bom (24,8) e Fátima Cleide – 46,4% de ótimo (16,2%) e bom (21,2%). De acordo com a pesquisa, em Porto Velho, Candeias e Itapuã são poucos – 3,4% do total – os que falam depreciativamente dos projetos de construção das usinas do Madeira. Destes, 2,5% acreditam que a obra significará “destruição do meio ambiente” e outros 0,9% caracterizam o empreendimento como uma “má ação”. Para 34,1% a iniciativa é válida principalmente porque gera emprego e outros 23,9% acham apenas que o projeto é “muito bom”, sem apontar justificativa. Não obstante o assunto estar na ordem do dia, 21,7% nunca ouviram falar dele e 10,4% sabem que o projeto existe, mas são indiferentes quanto à sua execução. Quanto às iniciativas para moralizar o Legislativo, a maioria as vê com ceticismo. Apenas 12,6% acreditam que elas são positivas e vieram no momento oportuno. Algo neutras, 13,5% acham que se tratam de medidas para reduzir gastos e 12,9%, não obstante aprová-las, acreditam que “só vai atingir os pequenos”. Em contrapartida, 25% estão convictos de que tudo não passa de “fogo de palha” e outros 17,8% preferiram explicá-las escolhendo o argumento segundo o qual tudo não possa de uma estratégia para permitir aos novos deputados empregar seus eleitores. O resto fez como Lula: sabe nada e não opinou. *VEJA EDIÇÕES ANTERIORES: * Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz * Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Qual sua opinião sobre o bloqueio de emendas parlamentares?
Você acredita que a gestão Hildon Chaves realmente teve 90% de aprovação?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS