Jornalismo e Verdade- com Paulo Ayres

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Foto: Divulgação

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“Na primeira noite eles se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim e não fizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores matam nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta e como não dissemos nada, já não podemos dizer nada.” - V. Maiakovski – poeta russo QUE É ISSO GOVERNADOR? “Vou cumprir meu mandato até o fim e depois vou pendurar as chuteiras da política”. A declaração é do governador Ivo Cassol, dias após a desgastante Operação Titanic desencadeada pela Polícia Federal e que atingiu a família da maior liderança política rondoniense. Apesar de todos saberem do temperamento “forte” do governador, este anúncio de abandonar a política fica sinceramente destoante. Abandonar a carreira por ocorrências em que o próprio líder afirma que não deve nada, que não tem culpa e que ele e seus familiares são inocentes, foi acredito a frase mais infeliz do primeiro governador reeleito na história do Estado de Rondônia. O anúncio em todos os sentidos foi um desastre. Faltou acredito assessoria. O governador que conseguiu numa só denúncia atingir os mais altos escalões do poder e levar a prisão inúmeras autoridades graduadas, sucumbir agora igual o Titanic do filme, não dar para entender, sinceramente. Que é isso Cassol? A DOENÇA DO JALECO BRANCO Engraçadinho, tudo bem. Centenas de acadêmicos dos cursos da área de saúde desfilam pelas ruas da cidade com seus jalecos brancos. Parece até a segunda pele. Mas acredito que tudo isto deve ser incentivado pelas faculdades, para promover os seus cursos. Tudo errado: o jaleco deve ser utilizado nas aulas práticas e só. Além disso, os professores devem orientar seus alunos, para que desde a academia saibam adotar condutas corretas. Por enquanto são apenas alunos, mas já foi constatada a presença de profissionais de clínicas com jalecos em barzinhos, no ônibus e até no supermercado. Agora o problema é ter este profissional com este jaleco contaminado na unidade de saúde. POLICIAIS FAZEM SEGURANÇA PESSOAL DO PREFEITO DA CAPITAL Confesso que esperava um posicionamento da administração petista na capital totalmente diferenciado dos demais prefeitos, isto é dos antecessores do psicólogo inativo Roberto Sobrinho. Mas parece mesmo que o poder embriaga, seduz, faz esquecer antigas posturas. Acontece que enquanto a população portovelhense, principalmente dos bairros periféricos sofrem com a falta de segurança, Sua Excelência Sr. Prefeito de Porto Velho pode contar com policiais militares (inclusive graduados), que estão fazendo sua segurança pessoal. A exemplo do Governo Estadual foi montada uma espécie da Casa Militar, que na Prefeitura foi denominada de Assessoria Militar. Apesar o modo de atuação mudou em relação a Roberto Sobrinho e o ex-prefeito Carlinhos Camurça. O ex-prefeito incentivou tanto sua equipe de policiais que a coisa foi tão longe que os “seguranças” pareciam encenar algum filme espetacular, atuando na segurança do presidente dos Estados Unidos. A chegada de Carlinhos Camurça aos locais agendados era algo cinematográfico diante do aparato empregado, da cara amarrada, dos carros utilizados, etc. Apesar da presepada empregada, não se tem conhecimento que algum dia alguém tenha colocado o mínimo de risco quanto à segurança do ex-prefeito. Um major era o chefe da Assessoria Militar. Com a vitória do PT, esperava-se sinceramente acabar com esta palhaçada de policiais militares atuando como segurança de prefeito, e inclusive desativar esta tal Assessoria Militar. Mas o psicólogo inativo Roberto Sobrinho parece também ter sido “mordido” pelo mosquito do rompante e se cerca destes serviços. Policiais militares que poderiam reforçar a segurança da população prestam serviços de segurança pessoal do chefe do executivo municipal. Parece que no interior, alguns prefeitos também gostaram da moda. Não se tem conhecimento por outro lado, se estes PMs estão só atuando na segurança ou desenvolvem outras atividades como operadores do serviço de inteligência, atuando também nas atividades reservadas de informações e contra-informações. REVISÃO DA CARTILHA DA SEDUC A editora responsável pela elaboração e edição das cartilhas utilizadas pela rede pública estadual de ensino, diante dos inúmeros erros encontrados no material já distribuído às escolas, informou ontem que estará reproduzindo uma nova edição, e que será constituída uma comissão técnica de alto nível para fazer a revisão. Este colunista foi indicado pela a editora, para compor a aludida comissão. CADASTRO DE CURRÍCULOS PARA EMPREGOS EM RONDÔNIA São mais de cem unidades no Brasil e a Gelre em Rondônia também já conta com representação local, atendendo capital e interior. Se você está procurando emprego, então, cadastre seu currículo através do site – www.gelre.com.br. Sem nenhum custo para a pessoa interessada, o currículo passará a constar do banco de dados e a qualquer momento a empresa estabelece contato para encaminhamento de emprego. Líder e pioneira no seu mercado de atuação, a Gelre é constituída por 14 empresas e conta com mais de 100 unidades de atendimento em todo o território nacional. São mais de 2 milhões de currículos em banco de dados, 4,5 mil clientes e 22 mil trabalhadores na folha de pagamento mensal. Em Rondônia a representação da Gelre está localizada à rua Campos Sales, 2186, centro, prédio da Assefaz, proximidades do Pronto Atendimento da Policlínica da PM em Porto Velho, telefone 3229-1063. Desde sua entrada em funcionamento a Gelre/Rondônia já colocou na ativa no mercado de trabalho centenas de profissionais de nível elementar, médio e superior. A Gelre também vem atuando no Estado como prestadora de serviços disponibilizando profissionais terceirizados a empresas privadas. Mantendo total sigilo das informações prestadas pelos usuários, com o encaminhamento do currículo para o banco de dados da Gelre, até mesmo as unidades de outros estados, podem também convidar o usuário a ser contratado em outra região, diferente de onde reside. A SAFADEZA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE Seis dias “penando” nas fragilizadas instalações do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II e uma paciente recebe o “privilégio” de finalmente ser levada ao Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro para ser submetida a exame de endoscopia. Frágil e debilitada a paciente tem dificuldades ao ser introduzido um tubo necessário para a realização do citado procedimento. O médico sem paciência resolve então agredir a paciente, provocando-lhe constrangimentos ao afirmar: “então não vai por bem vai por mal. Por isto está no João Paulo II. Depois desta, vai uma cagadinha bem dada lá no mato, que tal?” Enquanto a paciente era humilhada pelo médico algumas assistentes se divertiam com a ocorrência. Até quando? Quantos terão que sucumbir para que alguém de fato resolva fazer alguma coisa? Até quando a politicalha, a incompetência, a negligência, a omissão estarão entranhados na gestão da saúde pública rondoniense? Não se encontra na verdade outro termo, a não ser lamentavelmente mesmo, a safadeza da rede pública de saúde (com as devidas ressalvas e desculpas àqueles que passaram ou estão na ativa e desenvolvem ações com base na ética, probidade, competência e comprometimento. São raros, mas existem casos de gestores comprometidos efetivamente em melhorias). A indignação é o sentimento mais comum dentre todos aqueles que infelizmente dependem do tal SUS – Sistema Único de Saúde. Exames mais especializados estão sendo já agendados para agosto e setembro. A indústria da safadeza na saúde está agindo como sempre impunemente e ninguém, absolutamente ninguém faz nada. Recentemente diante dos problemas nos aeroportos, até Juizado Especial inventaram para atuar diretamente nesta área. Proponho a mesma iniciativa – A Promotoria Especial das Unidades Públicas de Saúde e o Juizado Especial das Unidades Públicas de Saúde, dando plantões diretamente nos horrendos Hospital de Base, Pronto Socorro e Hospital João Paulo II, policlínicas e postos de saúde. Pobres coitados sofrendo, padecendo, é o verdadeiro retrato dos campos de concentrações de judeus da última guerra mundial. Pessoas humilhadas diante da impotência. Partes de corpos apodrecendo a espera de uma cirurgia. Pessoas humilhadas com dores, jogadas ao chão a espera de simples exames para então entrar na expressiva lista de espera das cirurgias. Pessoas humilhadas sendo mandadas de voltas para seus distantes municípios por puro capricho político-eleitoral. Até quando? Até quando? Mas com certeza têm alguns faturando alto com tudo isto. Não tem mesmo com se revoltar diante desta mistura de malandragem e oportunismo. Do jeito que está só deve mesmo ser bom para quem lucra com esta pobreza. São aqueles políticos que não perdem tempo para fazer campanha, aproveitando-se do jeitinho brasileiro e do tráfico de influência, só que a ajuda não vem para todos. É mesmo para chorar. Neste caos reinante na rede pública de saúde todos padecem. Uma criancinha, por exemplo, morrendo sentada ao chão, espirrando sangue para todos os lados, até o último suspiro. É o desespero de pais e mães em busca de atendimento. É o sofrimento das filas do sacrifício na Policlínica Oswaldo Cruz. E a falta de vergonha das reduzidas senhas para simples exames das policlínicas da prefeitura. A situação é mesmo de penúria quando um simples exame de tipagem sanguínea, alguém tem que esperar no mínimo por uma semana. O caos ou seria o inferno? Mas quem pensa que os detentores de plano de saúde estão a salvo, se enganaram. É melhor não adoecer no período da noite. Aí em alguns casos, deve antes rezar para não “cair” no plantão de nervosos médicos. Recentemente numa destas noites, um médico clínico geral de um hospital mantido por plano de saúde, aos berros expulsa um paciente pelo simples fato dele não ter sido encaminhado diretamente pela recepção. Em outra ocasião, uma médica pediatra reclamava de tudo, esbravejava enquanto atendia seus coitados-pacientes. Já em outro grande hospital, diante da morte de um pai, o médico simplesmente ameaça encaminhar o cadáver para o Instituto Médico Legal. Safadeza, safadeza e safadeza. Não existe de fato outro termo a não ser safadeza. Pobres coitadas das crianças dos bairros periféricos sofrendo com a maldita dengue, e segundo denúncias de um vereador estava ocorrendo “maquiagem” de dados na Secretaria Municipal de Saúde. Recentemente, a situação nas unidades da Prefeitura de Porto Velho era mesmo de humilhação e constrangimentos. Uma salinha improvisada de consultório para a atuação de dois médicos. A privacidade foi para o “ralo”. Mulheres que buscavam atendimento sendo expostas diante da ineficiência do poder público. O povo padecendo e a “guerrinha politiqueira” absurda envolvendo Governo Estadual e a Prefeitura de Porto Velho está em alta, no jogo do empurra-empurra de responsabilidades. No interior a situação é mais problemática. Falta praticamente tudo nos velhos hospitais sucateados e dilapidados ao longo dos tempos. Hospitais em pequenos municípios como do Vale do Paraíso não conta sequer com um aparelho de ultrasonografia. A única ambulância-UTI fica em Ji-Paraná. Contaminação hospitalar é uma realidade. Médicos em áreas vitais como, por exemplo, ortopedista é uma raridade. Um hospital leva mais de dez anos para ser construído em Cacoal e uma maternidade aqui em Porto Velho aproximadamente seis anos. Veio dinheiro federal até para um Hospital Infantil de Porto Velho que não se tem conhecimento de sua existência. Enquanto tudo isto acontece os rondonienses continuam estarrecidos com a “dinheirama” indo para o “ralo” em alguns casos ou se priorizando quase sempre a ordenação de despesas onde estejam atuando as tais empreiteiras. O que é mais importante - investir na vida ou aplicar vultosas somas de recursos na construção de um centro administrativo? O que é mais importante - investir na vida ou na compra de luxuosos carros (top de linha) para transportar suas excelências? O que é mais importante - investir na vida ou patrocinar as tais festas agropecuárias? O que é mais importante - investir na vida ou bancar a vinda de cantores “profanos” ou evangélicos”? O que é mais importante – investir na vida ou repassar vultosas somas de recursos para entidades ligadas a políticos? O que é mais importante – a publicidade de suas excelências ou a vida? Com relação aos procedimentos animalescos do médico que atendeu paciente citada no início da reportagem, os fatos foram levados ao conhecimento do diretor geral do Hospital de Base que se comprometeu em adotar todas as providências necessárias e solicitou que os familiares formalizassem a denúncia. O secretário estadual de Saúde também repudiou a conduta e determinou que procedimentos apuratórios fossem agilizados. "O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer." Paulo Ayres: Jornalista (30 anos de profissão), Radialista, Professor e Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos. Contatos: pauloayres@ibest.com.br / celular: (69) 8116-9750
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