POLÍTICA & MURUPI- Léo ladeia

Da Redação

15 de Janeiro de 2008 às 16:38

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Foto: Divulgação

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Frase do Dia "Na medida em que as Farc se dispõem a libertar dois reféns, ela está dando um sinal de que é possível libertar mais” - Lula ontem sobre as bolivarianas Farc, antes do novo seqüestro. Pauta Política de 01 a 10 01-Moratória – a emenda pior que o soneto: O governador Cassol, depois de apregoar a moratória de Rondônia, resolveu tomar o caminho do bom senso. O Estado aciona o STF mas abre espaço para a política. Na ação o estado pede que sejam considerados os valores já pagos, a suspensão dos próximos pagamentos e a devolução da parcela descontada do FPE em janeiro. Em paralelo, Cassol deverá ter audiência com o Ministro Gilmar Mendes do STF. Rondônia ou qualquer estado só perde com a moratória. Estados em débito com a União vão para o Cadin e aí...adeus convênios, repasses, verbas, etc. Ou como costuma dizer o Zé de Nana, “nem mel nem cabaça”. 02-Beron – discussão técnica e política: O relatório do TCU aponta Rondônia como o principal responsável pelo fracasso da intervenção federal no Beron. Certo é que débito do banco pulou de R$ 50 milhões para R$ 420 milhões durante a gestão do BC. O TCU diz que é fruto da má gestão, dívidas anteriores e omissão do governo estadual no repasse de recursos durante a intervenção. O ideal mesmo seria contratar uma auditoria externa para identificar quem devia ao banco, como foram feitos os empréstimos, que garantias existiam e como foram liquidados os débitos após a intervenção. Vai ter coisa do arco da velha e os nomes de muita gente importante que você nem suspeita vai aparecer. Aí a casa cai. 03-Sistema quase único de saúde: O dinheiro sai da mesma fonte - o bolso do contribuinte -, o serviço se diz “único” e o público alvo é o povo que deveria receber pelo que pagou com impostos. Mas no meio do caminho há uma pedra. Melhor, um papel, dois gestores e um abuso. Como o carimbo, assinatura, ou seja lá o que for não está de acordo com o que querem os dois gestores, quem precisa do raio X, vai para o raio que o parta. Os serviços de saúde do Estado e Município não se entendem e o povo sofre. E nessa briga da maré com o rochedo, o marisco só vai ter saída depois das eleições de outubro. Até lá, é sou o pau que rola. 04-O terror ataca de novo: Quatro dias depois da libertação de duas reféns os narcoguerrilheiros das Farc seqüestraram seis cidadãos colombianos que faziam turismo. Não fosse triste e trágico, seria cômico, depois da declaração e apelo do boquirroto bolivariano,para que a guerrilha colombiana seja excluída da lista de organizações terroristas. Para o sargentão Hugo Chavez, os malfeitores devem ser vistos como “forças insurgentes que têm um projeto político, um projeto bolivariano”, dignos de respeito. E tem muita gente boa no Brasil que apóia a figura patética e o incensa como “o grande líder latino americano”. 05-Mau sinal: Lula chama de "boato" o risco do apagão elétrico e o Operador Nacional do Sistema Elétrico considera "preocupantes" os níveis dos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. De outro lado, servidores terceirizados de Furnas entram em greve por 24 horas, fato capaz de criar riscos no fornecimento de energia no país, contra a decisão da Justiça de demitir 4.400 contratados sem concurso. Os concursados comemoram a decisão, a expectativa do apagão aumenta, mas as luzes estão acesas. E no meio delas, aquelas vermelhas, indicativas de perigo. 06-Filho de Lobão, Lobinho é: O Ministério Público do Maranhão investiga se o suplente de senador Edison Lobão Filho é sócio oculto da distribuidora de bebidas Itumar, empresa que comandaria uma rede de sonegação de impostos no Maranhão. A Itumar, segundo a Promotoria, sonegou R$ 42 milhões desde 2000. Lobão Filho deve assumir uma vaga no Senado com a quase certa nomeação de seu pai, o senador Edison Lobão, para o Ministério de Minas e Energia. A revista Veja traz informações de que o Lobinho é réu confesso, o eu não quer dizer nada. Lobão será ministro, Lobinho senador e a Chapeuzinho Vermelho será comida. De novo. 07-Faz de conta que não é comigo: O Palácio do Planalto adotou uma estratégia para não assumir o ônus político de recriar a CPMF: se o Congresso quer mais dinheiro para a saúde, deve criar a fonte de recursos e isso será estimulado nos bastidores, especialmente entre os integrantes da bancada da saúde, que tem 24 senadores e 246 deputados. O governo vai jogar pesado e já avisou que na proposta de Orçamento de 2008, os recursos para saúde serão definidos pela emenda 29, ou seja, R$ 47,8 bilhões. Cá pra nós, com esse dinheiro, o ministro Temporão não paga sequer os compromissos de seu ministério. 08-Dilma Rouchefe na berlinda: "No início do primeiro governo Lula, a ministra Dilma Rouchefe tomou decisões que estão levando ao apagão de energia que os petistas insistem em negar, apesar de todas evidências”. O ataque está num artigo de José Carlos Aleluia do DEM. Em paralelo o PMDB que ainda nem tomou posse do ministério já quer colocar o risco do apagão no colo da ministra, preservando o Lobão. Juntando as pontas e considerando o cuidado que Lula e o PT vem tomando para preservá-la, percebe-se que o nome da D. Dilma Rouchefe é uma carta importante para a eleição de 2010. Aguarde. 09-Cartão vermelho para o cartão corporativo: O senador Expedito Júnior apresentou um projeto que, se aprovado, pode obrigar a divulgação dos gastos com os chamados cartões corporativos. Pelo projeto, as Mesas do Senado e da Câmara, o presidente da República e os Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público devem "determinar providências" para que sejam divulgados todo mês, pela internet, os gastos desses cartões. Expedito argumenta que, de acordo com notícias de jornais, a utilização dos cartões "vem se transformando em verdadeiro descalabro" na administração pública. Cá pranós, sem chance de passar, já que o Wellington Salgado é o dono da Comissão por onde o projeto deve ser encaminhado. Mas, convenhamos, o Expedito virou um calo para o governo. 10-Oxigênio para o gás: Em excelente artigo no seu blog Dispersivo, o economista Silvio Persivo alerta para um fato pra lá de relevante. No orçamento não verba para a construção do gasoduto Urucu-Porto Velho. Foi o suficiente para que eu saísse disparando telefonemas para todo lado. Diz o Sívio: O gasoduto não vai sair. Tremi nas bases e trago mais informações ainda esta semana. Mas essa briga é de nós todos. Não adianta esperar por ninguém. Vamos lá por a mão na massa. Gasoduto Já!

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