Acre - Evo Morales revolta acreanos e governador responde declarações do boliviano

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Foto: Divulgação

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*As declarações do presidente da Bolívia, Evo Morales, proferidas esta semana durante um evento de países da América Latina e Caribe, na Áustria, de que o Acre foi trocado por um cavalo branco, causaram revolta e questionamentos sobre o assunto não só de acreanos, que há mais de 100 anos mantêm uma relação fraternal com o povo boliviano, mas de todo povo brasileiro. O fato fez muitos políticos, jornalistas, advogados e vários profissionais acreanos recorrerem aos livros de história e aos arquivos da Revolução Acreana para entender e esclarecer o assunto. *Lamentando as palavras do presidente boliviano, o governador Jorge Viana disse ontem que Evo Morales está perdendo uma grande oportunidade e um importante aliado na América Latina por não ter sabedoria diante da crise do gás instalada entre o Brasil e a Bolívia. "Acho que o presidente está criando um clima de insegurança entre o povo brasileiro e boliviano e com as declarações que deu sobre o Acre acredito que ele passou dos limites e perdeu a razão", disse. *Em nota oficial divulgada à imprensa e direcionada a Evo Morales, o governo informou formalmente e historicamente a "história do cavalo branco", que se trata de uma lenda contada pelo povo boliviano e que aconteceu antes da Revolução Acreana. O historiador e presidente da Fundação Cultural Garibaldi Brasil, Marcus Vinícius, explicou ontem que, segundo dizem alguns bolivianos, eles tiveram num período de sua história, um presidente desequilibrado chamado Mariano Melgarejo, cabendo a esse presidente negociar com o Brasil a questão dos limites entre os dois países no período da Guerra do Paraguai. *O historiador afirma que o cônsul brasileiro Regino Correia na Bolívia, conhecendo a paixão do presidente Melgarejo por cavalos, antes mesmo de iniciar as negociações condecorou o presidente boliviano com uma medalha e dois belos cavalos brancos de raça. "Segundo contam, dizem que o presidente boliviano ficou tão feliz com o presente que na hora da negociação com Brasil deu dois dedos de terras marcados no mapa por serem despovoadas. Com isso, a linha divisória que até 1950 era reta passou a ser obliqua, dando origem a linha imaginária, hoje conhecida por "Linha Cunha Gomes"", lembra Vinícius. *Terras do Amazonas - De acordo com Marcus Vinicius, as terras ao norte da linha obliqua Cunha Gomes não pertencem ao Acre, mas hoje fazem parte do território do Amazonas, sendo que as terras ao sul da linha Cunha Gomes foram conquistadas pela luta dos brasileiros do Acre durante a Revolução Acreana e legalmente anexadas ao Brasil através do Tratado de Petrópolis (1903) assinado com a Bolívia e do Tratado do Rio de Janeiro (1909) assinado com o Peru. *"Essa negociação era importante para o Brasil porque interessava ao governo brasileiro neutralizar qualquer possibilidade da Bolívia se unir ao Paraguai na guerra que estava sendo travada entre esses dois países e a coalizão formada por Brasil, Argentina e Uruguai. *Por isso, o governo brasileiro pressionado se propôs a rever o Tratado de Madri (1750) que até então definia a fronteira do Brasil com a Bolívia", esclarece Marcus Vinícius. *Jorge: "o Brasil e a Bolívia são irmãos" *O governador Jorge Via-na ressaltou ontem que o presidente da Bolívia, Evo Morales, tem todo direito de resolver as questões do seu país, mas não pode tentar fazer uma mudança entre o seu povo chutando o Brasil e passando insegurança para as pessoas. "O presidente está perdendo uma grande oportunidade de consolidar o Brasil como seu aliado, mas lamentavelmente ele passou dos limites e começa a perder a razão", disse Jorge. *O governador disse ainda que confia na diplomacia do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e acredita que ele conseguirá reverter o clima de instabilidade criado entre Brasil e Bolívia. Quanto aos bolivianos, Jorge fez questão de reafirmar as relações pacíficas que o Acre pretende continuar tendo com o país vizinho, como acontece há mais de 100 anos. "O Brasil e a Bolívia são países irmãos e acredito que essa crise pode ser superada", afirmou. *Conversa diplomática - Governador Jorge Viana entrou em contato ontem a tarde com o governador de Pando, Leopoldo Fernadez, que garantiu um clima de estabilidade na área de fronteira com o Acre. Fernandes também afirmou que não há nenhuma tomada de posição do presidente Evo Morales para expulsar brasileiros da região boliviana. O governador de Pando disse a Jorge Viana que aguarda uma solução imediata para a crise instalada entre o Brasil e a Bolívia. *Jorge Viana foi procurado durante todo o dia de ontem pela imprensa nacional para se posicionar sobre o assunto e reiterou várias vezes que aguarda juntamente com todo povo acreano uma saída pacífica e rápida para o caso.
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