Presidente da Câmara de Humaitá agride repórter

Presidente da Câmara de Humaitá agride repórter

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Foto: Divulgação

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* O presidente da Câmara de Vereadores de Humaitá, José Edmee Brasil (PMDB), agrediu fisicamente o repórter do jornal O Curumim Elias Pereira, que fazia a cobertura da sessão ordinária do legislativo. * O fato aconteceu na última segunda feira (20) quando ao final de uma sessão tumultuada, o repórter se dirigiu ao presidente com a intenção de agendar uma entrevista, para esclarecer vários pontos colocados pelos vereadores durante a sessão. * Sem dizer uma palavra, Edmee Brasil, que é evangélico e membro da Igreja Betel de Humaitá, partiu para a agressão segurando o repórter pelo pescoço e o empurrando contra a parede. * Completamente descontrolado, o vereador arrancou o gravador da mão de Elias Pereira, ameaçando atira-lo ao chão, fato que só não aconteceu dada a intervenção do secretário administrativo da Câmara e irmão do administrativo da Câmara e irmão do presidente, Diogo Brasil, que testemunhou os fatos. O fato chamou a atenção de vereadores e demais pessoas que ainda se encontravam no plenário, que trataram de apaziguar os ânimos. * Outro irmão do presidente que se encontrava no local, Dizerê Brasil, tentou contemporizar a situação, dizendo que seu irmão se encontrava nervoso em função do desenrolar da própria sessão e de publicações supostamente atribuídas ao repórter. * O fato foi prontamente condenado pelos vereadores que se encontravam no local. A bancada de oposição, maioria no parlamento cogita o afastamento do presidente por falta de decoro parlamentar. Na próxima sessão uma moção de repúdio deverá ser apresentada e votada. * Curiosamente, a cada vez que concedia a palavra a um vereador, durante a sessão, Edmee Brasil "abençoava" o colega com a frase "Deus te abençoe". E durante uma das intervenções da vereadora Juscineth de Jesus, o presidente pediu calma a ela, supondo estar a mesma, nervosa. O 'remédio' entretanto, não serviu ao próprio Edmee Brasil. * O fato foi registrado na 8ª. Delegacia Regional de Polícia civil de Humaitá. A direção do jornal O Curumim também deverá apresentar ainda esta semana queixa-crime contra o vereador no Ministério Público. * SOLIDARIEDADE * Tão logo a notícia se espalhou, dezenas de telefonemas chegaram à redação e ao próprio repórter, em solidariedade e apoio, e ao mesmo tempo, condenando a atitude de José Edmee Brasil. Pastores evangélicos ligaram ao repórter. Jornalistas da capital, como Eduardo Gomes, responsável pela editoria de interior do jornal Correio Amazonense, também hipotecou apoio irrestrito a Elias Pereira. *Professores e acadêmicos da Universidade do Estado do Amazonas -UEA, também prestaram apoio ao jornalista; ele é concluinte do curso de ciência política naquela universidade e ex-presidente do Centro Acadêmico daquele Curso. *O jornalista e publicitário Abnael Queiroz, editor-chefe do site de notícias abnnotícias.com.br, e Jornal Folha do Cacau, com circulação em todo vale do Jamari/RO, encaminhou e-mail formalizando apoio ao jornalista. Até mesmo membros da Igreja Betel, condenaram a atitude do presidente da Câmara de Humaitá. * SAIA JUSTA * Pressionado pelo grupo de oposição que exigia a instalação de Comissão para apurar denúncias de corrupção contra o prefeito de Humaitá Roberto Rui Guerra de Souza, o presidente José Edmee Brasil, aliado do prefeito, enfrentou talvez o maior desafio de seu curto mandato. * Visivelmente pressionado pela presença do próprio prefeito e do vereador Joel Guerra, que deixou a secretaria de saúde, para reforçar o time da situação, Edmee Brasil, cometeu vários deslizes no comando da sessão, como por exemplo, o tolhimento do tempo dos vereadores de oposição. *Generoso com o tempo dos discursos de seus aliados, o presidente foi argüido pela vereadora Juscineth de Jesus, que o acusou de estar cortando o tempo dos vereadores de oposição. * Outra clara manobra do presidente, foi não conceder a palavra ao vereador João Batista da Cruz Santiago, Dom João, ao final da fala do prefeito. Edmee Brasil suspendeu a sessão por cinco minutos. O presidente afirmou em seguida que não estava agindo para prejudicar ninguém. * A maior "saia-justa", entretanto, aconteceu quando a vereadora Juscineth de Jesus ameaçou revelar "o que acontece dentro da sala da presidência". "Não me obrigue a mostrar a pasta azul com a lista de funcionários fantasmas que o senhor tem na sua sala", disse a vereadora.
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