Num julgamento que durou mais de 12 horas, o Tribunal do Júri da Vara Criminal de Pimenta Bueno condenou Gabriel Henrique Santos, a 33 anos e um mês de prisão, por ter assassinato de Antonieli Nunes Martins, crime que ocorreu em Pimenta Bueno e teve repercussão nacional pela crueldade.
A vítima, Antonieli, que na época tinha 32 anos de idade e estava grávida de Gabriel que era casado. Eles se conheceram na empresa que trabalhavam e iniciaram um romance extraconjugal. A família da jovem somente tomou conhecimento após o assassinato. O crime foi motivado porque Gabriel forçou aborto e não queria assumir a paternidade da criança.
O crime
Antonieli foi asfixiada com o golpe “mata-leão” de forma traiçoeira enquanto estavam “deitados de conchinha”, conforme relatou o criminoso no depoimento à polícia. Após desmaiar, ela foi atingida por golpe de faca no pescoço. O crime foi considerado cruel, por motivo torpe e com agravante porque a vítima não teve possibilidade de defesa.
O Juri
O condenado Gabriel Henrique Santos não compareceu ao julgado e nem prestou depoimento na sessão. A pena deve ser cumprida de imediato em regime fechado, sem possibilidade de recurso em liberdade. O crime foi considerado feminicídio qualificado. Gabriel também foi condenado por aborto forçado sem o consentimento da gestante, conforme o artigo 125 do Código Penal Brasileiro.
Durante o julgamento, testemunhas e familiares ouvidos descreveram a crueldade e frieza do autor do crime. Gabriel tentou se livrar de provas, jogou em um rio as roupas de bebê e o celular de Antonieli. A família ainda sente o impacto da morte torpe e perdura o luto pelo fato de a vítima estar em momento de vulnerabilidade e não pode reagir em defesa. Um filho de Antonieli do seu casamento é criado pelos avós.