Esquema era chefiado por empresários venezuelanos envolvia pagamento de propina a servidores da receita roraimense
Foto: Divulgação
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (6) uma operação que mira um grupo de empresários e servidores públicos envolvidos em um esquema de contrabando de ouro da Venezuela pela fronteira em Roraima. A quadrilha teria movimentado R$ 230 milhões e exportado ilegalmente 1,2 tonelada de ouro para a Ásia
Esquema chefiado por empresários venezuelanos envolvia pagamento de propina a servidores da receita e procuradoria do estado, segundo a PF. Operação cumpre 85 mandados de prisão preventiva, temporária e de busca e apreensão em Rondônia, Roraima e outros dois estados.
Ao todo, 150 policiais estão cumprindo 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 18 de sequestro de bens, e 48 de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo.
Entre os alvos da operação Hesperides há três empresários venezuelanos que chefiavam o esquema. Um deles é procurado pela Interpol por tráfico de drogas e crimes financeiros cometidos na República Dominicana. Também estão na mira servidores da Receita Federal, estadual e a Procuradoria Geral de Roraima.
Segundo a PF, o ouro extraído de garimpos venezuelanos – que ficam na região Sul do país e na fronteira com Roraima – eram “legalizados” em um esquema que envolvia pagamento de propina a servidores públicos no estado.
Nas investigações, a polícia descobriu que o ouro entrava ilegalmente por Roraima, onde era “esquentado”. Depois, o ouro era comprado por uma empresa em Caieiras (SP), que fazia a exportação.
Conforme Comex Stat, sistema que organiza dados do comércio exterior brasileiro, o ouro é o segundo produto mais exportado por Roraima, atrás apenas da soja.
Apesar de não haver no estado nenhum garimpo legal, só entre outubro de 2017 e agosto deste ano foram 333 kg de ouro exportados principalmente a Índia e Emirados Árabes.
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