Filho diz que pai foi baleado por PMS que "forjaram" um tiroteio
Foto: Divulgação
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A morte de um idoso de 71 anos, após ser atingido por uma bala perdida, na manhã desta segunda-feira (3), gerou uma série de protestos entre os moradores de Manguinhos, nesta tarde. O bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro foi tomado por familiares, amigos, vizinhos, que acusam a Polícia Militar pela morte de Evangelista Cordeiro da Silva.
As informações da ONG Rio de Paz são de que Evangelista em frente à própria casa, na Avenida Leopoldo Bulhões, na Favela Mandela 2, quando foi atingido na cabeça. "Meu pai estava aposentado e tinha um barzinho na frente de casa, para conseguir renda extra. Ele estava ali sentado, lendo o jornalzinho dele, quando os policiais chegaram atirando. Eles ainda foram para o outro lado depois, para tentar forjar um tiroteio", relatou Alex Cordeiro da Silva ao Extra.
De acordo com o filho da vítima, não houve tiroteio. "Só os PMS atiraram! Uma covardia o que fizeram. Não tenho nem mais o que falar. Estou sem cabeça, sem chão", disse Alex. A indingação do filho era a mesma dos moradores que, no início desta tarde, tomaram as ruas do bairro, com pedaços de madeira, móveis e caçambas de lixo foram incendiados.
Em nota, o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Arará/Mandela, informou que os policiais militares patrulhavam Mandela 2, por volta das 10h desta segunda-feira, "quando foram atacados por criminosos armados. Na ação, um idoso foi atingido e não resistiu aos ferimentos. O local está isolado e a perícia da Polícia Civil foi acionada. Neste momento, moradores realizam uma manifestação e objetos estão sendo incendiados na Avenida Leopoldo Bulhões. O policiamento na região está reforçado. A Divisão de Homicídios investiga o caso".
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