Operação Arco de Fogo na vila de Pacaranã em Espigão do Oeste - Vídeo
Foi iniciada em oito de setembro do corrente ano mais uma etapa da Operação Arco de Fogo, desta vez em Pacarana, distrito de Espigão do Oeste a aproximadamente 600 Km da Capital.
Foi iniciada em oito de setembro do corrente ano mais uma etapa da Operação Arco de Fogo, desta vez em Pacarana, distrito de Espigão do Oeste a aproximadamente 600 Km da Capital.
O Comboio que contava com servidores da Polícia Federal, do Ibama, da Força Nacional e do Batalhão da Polícia Ambiental saiu de Espigão do Oeste, em torno da 8:30 hs, após reunião rotineira com os agentes sobre o que encontraríamos em Pacarana. Após uns quarenta minutos de viagem encontramos um caminhão carregado de torras abandonado, uma equipe ficou para medir e autuar o infrator, enquanto o comboio seguiu viagem. Vale esclarecer que é comum caminhões torreiros serem abandonados na iminência de serem abordados por agentes federais do Ibama.
Após essa pequena interrupção o comboio seguiu por mais uma hora e vinte minutos, por uma estrada empoeirada. Havia tanto pó que as caminhonetes patinavam e era preciso retornar alguns metros e redirecionar, o comboio formava uma nuvem de poeira que dificultava enormemente a visibilidade para os carros que vinham atrás, além da poeira um céu cinza-chumbo escurecido pela fumaça das queimadas que degradam o meio ambiente amazônico nesta época do ano.
Chegando a Pacarana encontramos todas as serrarias fechadas, em plena quinta-feira, o comboio se dividiu em quatro equipes como havia sido previamente estabelecido e estas se dirigiram as serrarias consideradas de maior porte. As explicações por estarem fechadas foram das mais variadas, “a máquina tal quebrou”, “foram dispensados porque era dia de pagamento” e a que achei particularmente a mais interessante, “fechamos em respeito a vocês“, em nossa opinião respeito à fiscalização significa estar operando em condições legais e utilizando matéria-prima com documento de origem florestal, fechar a empresa com a nossa chegada é porque alguma coisa deve ser ocultada.
Pacarana é uma pequena vila que possui em torno de 600 habitantes que vivem basicamente da exploração de madeira, a primeira vista parece-nos uma entre tantas outras localidades da Amazônia, não fosse por se encontrar próxima as Terras Indígenas das etnias: Cinta Larga, Suruís e Zoros e afastada dos planos de manejo que deveriam fornecer madeira legalizada para mais de uma dezena de serrarias que funcionam lá. Posto isso subtende-se que as diversas empresas que funcionam lá subsistem a margem da legalidade, inclusive acredita-se que se essas empresas funcionassem dentro dos padrões legais Pacarana não existiria.
A primeira vista, passando pelas diversas empresas foram muitas as ilegalidades encontradas, madeiras que não pareciam no saldo das empresas, queima de resíduos a céu aberto e até um posto de gasolina clandestino no fundo de uma delas.
Assim iniciou mais uma etapa da operação Arco de Fogo, em Pacarana, um lugar que não deveria existir.
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VEJA VÍDEO DO RONDONIAOVIVO QUE FLAGROU ATIVIDADE MADEREIRA ILEGAL NO LOCAL
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