Amazonas - Paralisação de motoristas e cobradores se transforma em quebra-quebra

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Foto: Divulgação

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O barril de pólvora em que se transformou o Sistema de Transporte Coletivo de Manaus estourou no início da manhã de ontem, quando motoristas e cobradores iniciaram uma paralisação que acabou em quebra-quebra, tiros e muita pancadaria. Segundo dados da Prefeitura de Manaus, pelo menos 40 ônibus foram apedrejados e queimados. Os números, no entanto, podem ser maiores, chegando a 51. Conforme a categoria, a manifestação, inicialmente pacífica, seria apenas para protestar contra uma série de medidas tomadas pela Prefeitura de Manaus, e também por uma das empresas que operam no sistema, e que foram classificadas pela categoria como “irresponsáveis”. O protesto iniciou, pontualmente, às 6h, quando quatro ônibus da empresa Cidade de Manaus fecharam as pistas da avenida Constantino Nery, bloqueando todos os acessos ao Terminal 1. Ao mesmo tempo, milhares de passageiros que se dirigiam ao Centro desceram dos ônibus e uma parte resolveu prosseguir a pé até seu destino. Porém, outro grupo, mais numeroso e revoltado, decidiu ficar no local e engrossar as fileiras dos descontentes, não apenas com a manifestação de ontem, mas com todo o sistema de transporte coletivo de Manaus. “Não precisa ter nenhuma greve para a gente chegar atrasado ao trabalho. Todo dia é assim: os ônibus quebram, estão atrasados, ou então, simplesmente, ficam parados no trânsito. Por isso, o que está acontecendo hoje é para mostrar que a paciência do povo acabou”, disparou a comerciária Cristiane Maria, 36. Cristiane estava no ônibus que faz a linha 207 (Redenção/Centro) da empresa Cidade de Manaus. O veículo foi um dos primeiros a fechar a pista. “Tomamos um susto porque o motorista simplesmente atravessou o carro no meio da rua e disse que não ia mais para o terminal. E agora, como é que eu fico? Não estou andando de graça. Paguei minha passagem e acho que tenho o direito de ser transportada”, disse, indignada. Segundo a comerciária, na empresa em que trabalha na avenida Eduardo Ribeiro, cada atraso significa R$ 12 a menos em seu contracheque. “Se os patrões fossem levar isso ao pé da letra, acho que no final do mês eu ficaria devendo”, acrescentou. A grande maioria da população que ateou fogo e apedrejou os coletivos era formada por comerciários, ambulantes, vendedores e outros trabalhadores que se dirigiam ao Centro para aproveitar o grande movimento da véspera do Dia dos Pais. Entre eles havia aqueles que, além de assistir à cena, aproveitaram para tirar fotos ou produzir vídeos com seus aparelhos celulares. “Isso é um absurdo. Vendo lanches e essas datas comerciais são os melhores dias para a gente faturar um dinheiro a mais. Quem vai bancar o prejuízo?”, questionou Amarildo Gonzaga, 41, que tem uma barraca de salgados próximo ao terminal portuário. Fogo na Linha 216 E foram esses trabalhadores revoltados que atearam fogo no primeiro coletivo, da empresa Cidade de Manaus — placa JXB-3232, linha 216 (Centro) — na esquina da Constantino Nery com a avenida Ayrão, incendiando os assentos do ônibus. Em pouco mais de dois minutos, o veículo estava completamente em chamas. A fumaça assustou os moradores de um prédio próximo ao local, a tal ponto que, no desespero, uma senhora tentava em vão apagar o incêndio, utilizando uma mangueira, da varanda de seu apartamento, enquanto um dos incendiários gritava: “Hoje, Manaus vai virar Bagdá”. Quase duas horas depois, o Corpo de Bombeiros debelou o fogo.
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