Roraima - Ex-policiais serão julgados em agosto

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Foto: Divulgação

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Está previsto para o dia 21 de agosto o julgamento dos ex-policiais civis Hermes Rodrigues da Silva Júnior e Richardson Rego da Silva, acusados do crime de homicídio qualificado em razão da morte do jovem Robson Magalhães de Lima, 23, ocorrida em agosto de 2005. Além deles, outros dois ex-policiais, Jean Alessandro Silva Júnior e Manoel Geraldo Palma Pantoja e o irmão de Hermes, Harley Rodrigues da Silva, foram acusados de participação no crime e devem ser levados a julgamentos em datas a serem definidas. Ontem a Folha conversou com o advogado dos dois, Ednaldo Gomes Vidal, que contestou a decisão da 1ª Vara Criminal em marcar a data para o julgamento de seus clientes, tendo em vista que ainda existe um recurso impetrado pela defesa no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Conforme ele, o recurso tem três tópicos: o primeiro é de negativa de autoria, o segundo lesão corporal seguida de morte e o terceiro pela desclassificação de homicídio doloso (quando há intenção de matar) para culposo (sem intenção de matar). Ednaldo disse que está confiante de que algum de seus argumentos possa ser acatado pelos ministros do STF, o que poderá evitar que Hermes e Richardson sejam julgados. No entanto, se até a data da sessão do Júri Popular o recurso não for apreciado pelo Supremo, ele vai atuar no julgamento com as mesmas alegações. “Estou convicto de que meus clientes não mataram esse rapaz, por isso uma das teses é a negativa de autoria, já que um dos outros citados pelo crime, Harley, confessou ter sido ele o autor dos chutes que levaram a vítima à morte. Também vou tentar mostrar que o caso se trata de uma lesão corporal seguida de morte. Ainda como uma terceira via alternativa, vou pedir pela desclassificação do crime de homicídio doloso para culposo”, argumentou o advogado. CASO – Conforme consta nos autos do processo, a morte de Robson Magalhães de Lima ocorreu depois que ele se envolveu em uma briga com o irmão de Hermes, Harley Rodrigues da Silva, durante uma festa no balneário Sacolejo. Pouco tempo depois, quando o rapaz saiu da festa e seguia para casa com familiares e amigos, foi perseguido e teve o carro interceptado na estrada do Município do Cantá. Ele foi retirado do carro e espancado pelos denunciados e acabou morrendo. O caso provocou revolta popular e ganhou repercussão na imprensa. Em conseqüência do episódio, foram abertos inquéritos policial e administrativo e os policiais civis terminaram sofrendo expulsão dos quadros da polícia, até porque eram recém-contratados através do concurso público e ainda estavam em estágio probatório.
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