O indígena Wapixana, Pedro Eduardo da Silva, 68, morreu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Ruben de Souza Bento, depois de 17 dias internado. Ele foi mais uma vítima fatal do trânsito violento de Boa Vista ao ser atropelado por uma caminhonete F-250, quando atravessava próximo de uma faixa de pedestres na avenida Centenário.
Segundo familiares do indígena, o condutor da caminhonete vinha com o veículo em alta velocidade e deixou um rastro de frenagem no local, mas não conseguiu evitar o acidente. Pedro Eduardo foi atropelado por volta das 14h30 quando ia participar de uma festinha de comemoração do Dia das Mães, que estava sendo realizada na Escola Carlos Casadio, no bairro Centenário.
O indígena foi socorrido pelo RUA (Resgate Urbano a Acidentados) do Corpo de Bombeiros e levado ao Pronto Socorro Francisco Elesbão, de onde foi transferido para a UTI e permaneceu internado até a madrugada de ontem. Enquanto o motorista parou o veículo logo após o atropelamento e permaneceu no local e prestou informações sobre a fatalidade à polícia e ainda se propôs a dar assistência na recuperação do indígena. Ele vai responder a instrução policial em liberdade.
O corpo de Pedro Eduardo foi removido ainda de madrugada para o IML (Instituto de Medicina Legal), onde foi feito o exame cadavérico e constatado que o indígena teve traumatismo craniano. Ontem mesmo seu corpo foi liberado aos familiares para sepultamento. Os parentes do indígena protestaram contra a imprudência no trânsito e fizeram um apelo à administração do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para que implante redutor de velocidade e quebra-molas na avenida Centenário, para que novas famílias não percam mais parentes.