MANAUS- A Polícia Federal informou que cerca de R$ 50 milhões deixaram de ser arrecadados pelos cofres públicos com as fraudes apuradas pela Operação Hiena, deflagrada hoje, 29, no Amazonas.
Conforme informações divulgadas pela Polícia, servidores da Receita Federal são acusados de fraudar processos . Oito pessoas, entre funcionários públicos e empresários, foram presas esta manhã.
Operação
A operação foi batizada de hiena pelo animal ser o principal concorrente do leão, símbolo da Receita federal. Segundo a polícia, ao invés de trabalhar na fiscalização de pagamentos dos impostos, os servidores montaram um escritório que prestava assessoria tributária e jurídica na produção de peças e recursos judiciais que livrassem as empresas de débitos com a receita federal.
Acusados
Foram presos os auditores fiscais da receita federal: Sandoval Cardoso de Freitas e André Fernandez, a técnica, Jacirene Freitas, esposa de Sandoval, os procuradores da Fazenda Nacional Josias Ferreira Cavalcante e Haroldo Jatahy de Castro e os os empresários Tocandira Benaion, Geraldo Ribamar Brandão e Antônio de Pádua Pinheiro.
Sandoval Cardoso é apontado como chefe da quadrilha
Sandoval é apontado pela polícia como o chefe do esquema. O escritório funcionava na casa dele. Ele e sua mulher, Jacirene Freitas, são acusado de usar o Frigorífico Pantanal como lavagem de dinheiro.
Sandoval começou a ser investigado quando a Polícia Federal desencadeou a Operação Saúva,em agosto do ano passado. As investigações apontam que os servidores da receita prestavam o mesmo tipo de serviço para os empresários acusados de fraudar licitações da merenda escolar.
A Polícia Federal informou também que, pelo trabalho, os servidores da Fazenda ganhavam até 20% sobre os valores dos processos de fiscalização.
Os agentes apreenderam na casa de Sandoval e Jacirene, carros importados, computadores,documentos da receita federal, jóias, relógios e R$ 25 mil em dinheiro.