O réu Lindomar Corrêa da Silva, apelidado de Mazinho, que matou a mulher Eliana Rodrigues da Silva com um tiro na cabeça, em julho de 2003, foi condenado no Tribunal do Júri Popular, a 16 anos e 8 meses de prisão. Essa foi a segunda vez que ele sentou no banco dos réus. Antes, foi inocentado da acusação de homicídio doloso, como o Ministério Público pedia. O promotor Carlos Paixão recorreu ao Tribunal de Justiça, que anulou a decisão dos jurados e remeteu o processo para novo julgamento.
Depois de mais de dez horas de sessão no plenário do Fórum Sobral Pinto, ontem, os jurados acompanharam o pedido do Ministério Público e condenaram Mazinho, por quatro votos a três, pelo crime de homicídio doloso. Apenas no quesito motivo fútil os jurados votaram a favor do réu.
Após a leitura da sentença condenatória, feita pela juíza Lana Leitão, já à noite, os familiares e amigos da vítima aplaudiram o Tribunal do Júri e agradeceram o empenho dos promotores Carlos Paixão e Márcio Rosa. Também disseram que a condenação do réu mostra que ainda há justiça e as famílias de vítimas de crimes não devem perder a esperança.
Mazinho, que já estava cumprindo prisão preventiva, voltou para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, agora como condenado e deve cumprir os 16 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. O acusado foi defendido pelo advogado Fábio Martins, que tentou mostrar aos jurados que a morte da mulher de Lindomar tinha sido por um tiro acidental.
O réu alegou que estava limpando o rifle quando a arma disparou e atingiu a mulher. No entanto, depoimentos de testemunhas apontaram que ele atirou na mulher depois de discutir com ela. Ele era considerado pela família da vítima como violento e ciumento.