Roraima - RAPOSA SERRA DO SOL - Quartiero é preso em Surumu pela PF

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Foto: Divulgação

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A Polícia Federal prendeu na tarde de ontem o rizicultor e prefeito de Pacaraima Paulo César Quartiero (DEM), acusado de tentativa de homicídio, formação de quadrilha e posse de artefatos explosivos. Também foram presos o filho do rizicultor, Renato Quartiero, e 10 funcionários de uma de suas fazendas. As prisões foram realizadas mediante autorização do ministro Ayres Brito, do Supremo Tribunal Federal (STF), na fazenda Depósito, de propriedade de Quartiero. Ao entrarem na fazenda, os policiais encontraram explosivos, bombas, artefatos para construção de bombas e escudos. Não foi localizada nenhuma arma de fogo. O material encontrado, segundo o coordenador-geral da Operação Upatakon 3, Fernando Segóvia, foi suficiente para “prender toda a quadrilha”. “Os materiais apreendidos indicam a materialidade do crime, que é permanente, portanto, dispensa mandado de prisão”, disse, ao ser questionado se havia mandado de prisão contra Quartiero. Quartiero foi preso em frente à Subprefeitura de Pacaraima. Seu filho, Renato, e nove funcionários foram presos na fazenda. Um outro funcionário do arrozeiro, o mecânico agrícola Ian Barbosa, 28, também foi preso na sede da vila, suspeito de participar do atentado contra os índios do Conselho Indígena de Roraima (CIR) que invadiram a fazenda de Quartiero na segunda-feira. Prisão de rizicultor gera confusão e confronto com policiais na vila A prisão de Paulo César Quartiero revoltou parte da população, que entrou em confronto com a polícia. O centro da vila mais parecia uma praça de guerra. Os moradores arremessaram pedras nos policiais, que reagiram com bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha. O tumulto, que durou mais de uma hora, deixou três pessoas feridas sem gravidade. O tuxaua de Surumu, José Brazão, foi preso. Os presos foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista, para averiguação dos supostos crimes praticados e também para verificação e identificação quanto as suas participações nos disparos efetuados contra os índios do CIR anteontem, na fazenda de Quartiero. CAMINHÃO – Antes da equipe de reportagem da Folha sair da Vila Surumu, por volta das 19h30, presenciou o momento em que índios do CIR se dirigiram à sede da fazenda Depósito em um caminhão. Em seguida, moradores da região que apóiam o rizicultor partiram na mesma direção para evitar uma nova invasão dos indígenas na propriedade de Quartiero. Após as prisões ocorridas na fazenda, apenas uma mulher, funcionária de Quartiero, permaneceu trabalhando no local. Segurança em Surumu é reforçada Diante dos conflitos registrados nos últimos dias, a Polícia Federal decidiu aumentar o efetivo na Vila Surumu, entrada principal da terra indígena Raposa Serra do Sol. Segundo a PF, antes da invasão feita pelos índios do CIR a uma das propriedades de Paulo César Quartiero, na segunda-feira, cerca de 20 homens entre policias federais e soldados da Força Nacional de Segurança permaneciam na base fixa da região. Com os conflitos, esse número subiu para 30 policiais, mas ontem havia 140 homens. Conforme o delegado Fernando Segóvia, caso seja necessário, o efetivo pode aumentar novamente, “para que a segurança pública e a paz sejam mantidas no local”. Segóvia também afirmou que outros 60 homens da Forca Nacional de Segurança desembarcaram em Boa Vista para se unirem ao efetivo de 100 homens da Força Nacional e 200 da PF que permanecem no Estado. Equipe de reportagem é hostilizada Enquanto a equipe de reportagem da Folha trabalhava na cobertura jornalística na Vila Surumu, dois policiais federais identificados como Mohamed e Almeida hostilizaram os repórteres. O tratamento foi presenciado em dois momentos pelo coordenador-geral da Upatakon 3, delegado Fernando Segóvia. Em um primeiro momento, o policial Mohamed dirigiu-se à equipe de forma desrespeitosa, atacando os jornalistas, em alto e bom tom. Em outro momento, enquanto a Folha tentava apurar qual o tipo de armamento utilizado pelos policiais contra os moradores durante conflito - já que três apresentavam ferimentos, - Mohamed voltou a repetir a hostilidade. O fato foi presenciado por Segóvia. Em uma outra circunstância, enquanto a equipe de reportagem entrevistava o próprio Segóvia, o policial Almeida interferia na entrevista com tratamentos hostis.
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