TITANIC - Mário Calixto deu tombo na suposta quadrilha dos carros de luxo

TITANIC - Mário Calixto deu tombo na suposta quadrilha dos carros de luxo

TITANIC - Mário Calixto deu tombo na suposta quadrilha dos carros de luxo

Foto: Divulgação

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A operação “Titanic” do Departamento de Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal que desarticulou uma quadrilha que sonegava impostos através de importação subfaturada de carros de luxo em Vitória (ES), levou a prisão temporária seis pessoas em Rondônia, entre elas, o filho do governador Ivo Junior, o sobrinho Alessandro Cassol (Cebola), funcionários da empresa investigada (Tag Importação e exportação de Veiculos) e o empresário Mario Calixto, proprietário do jornal Estadão do Norte. As investigações iniciadas há um ano, revelaram a participação de servidores públicos, empresas exportadoras sediadas no Canadá e Estados Unidos, uma empresa importadora do Espírito Santo, despachantes e intermediários. Em dois anos foram importados mais de R$ 21 milhões em carros de alto luxo. Em Rondônia, ficou explícita em relatório da Justiça Federal, a participação de Mário Calixto no suposto esquema de tráfico de influência. Os proprietários da TAG (empresa investigada) são Pedro (pai) e Adriano Scopel (filho) Segundo a PF, em outubro de 2007, Mário conseguiu a desoneração de um veículo após efetivar pagamentos ilícitos, ganhando assim a confiança da suposta quadrilha. Porém, a partir de dezembro do mesmo ano, segundo a PF, Calixto passou a ludibriar o grupo de Adriano. Calixto dizia que estava “acertando” o secretário de Fazenda do estado, empresário José Genaro, repassando-lhe propina para a facilitação das operações em Rondônia, através do Conder. No dia 18/12/2007, Adriano pediu para um funcionário o número da conta de Calixto, onde depositou R$15.000,00 na conta da “Gráfica e Editora do Norte Ltda”. Porém como o benefício de isenção fiscal foi cortado pelo estado de Rondônia, os integrantes da suposta quadrilha começaram a desconfiar que Mário estava lhes passando a perna. Através de um grampo eletrônico no MSN dos acusados, a Federal detectou o conceito que Adriano tinha de Calixto: “Ele é igual puta pra dinheiro”. Em novo grampo eletrônico, detectaram novo depósito na conta de Mário, desta vez no dia 20/12/2007, confirmado através de quebra de sigilo bancário de Calixto. Desta vez, o proprietário do Jornal “O Estadão” recebeu R$ 30 mil. No dia 21/12, Adriano em contato com um funcionário em Rondônia, Ronaldo Benevídeo, teve a confirmação que Genaro não estava recebendo propina. Segundo a investigação da PF, Ronaldo encontrou-se com o secretário de Fazenda. No encontro, Genaro foi incisivo em afirmar que não tratava de assuntos oficiais com Mário Calixto, já que o mesmo não pertence ao Governo. Também ficou claro para o emissário de Adriano, que Genaro não recebia nenhuma propina. Segundo o grampo do MSN, Ronaldo escreveu para Adriano sobre uma indagação incisiva do secretário da Sefaz. “Que história é esta a respeito de dinheiro”. Adriano como que não acreditando que estava sendo ludibriado por Calixto, perguntou de novo para o funcionário se o secretário estava a par dos repasses feitos a Mário, sendo que o empregado retornou dizendo que Genaro desconhecia esta situação. Ronaldo escreveu no msn “Estou desconfiado que Mário está metendo a mão no dinheiro doido”. Em resposta, Adriano teclou “Eu já tenho certeza”. Ainda se utilizando do messenger, Adriano entrou em contato com outro acusado, Sebastião Lourenço. Neste registro, o empresário capixaba afirmou “Tive informação que o $$ não foi passado....O Mário não passou a grana”. Sebastião disse que se confirmasse, viria a Rondônia para resolver a situação. Calixto chegou a correr risco de morte, quando em conversa virtual no dia 17/1/2008, às 17h50, Adriano disse que já tinha depositado R$ 202 mil para Calixto e asseverou “ Que papelão.... Ele vai ter que me pagar”. No retorno da conversa Sebastião disse “ Ele não podia ter misturado as coisas ... Dou minha palavra e sou responsável vc vai ver como se faz negócio com homem....se vc não resolver me diga.- aí mando meus homens pra lá – aí recebemos de qualquer forma em menos de duas horas”. PRISÃO Conforme investigações anteriores sobre a conduta de Calixto no estado de Rondônia, a Polícia Federal enviou o seguinte relatório, intitulado “informação nº199/2007”. “Mário teria sido um dos beneficiados com o esquema montado na Assembléia Legislativa do estado de Rondônia. Tal esquema foi desarticulado com a deflagração da operação Dominó, no período de 03/06/2005 a 04/08/2006, que tinha como líder da organização criminosa, o presidente a ALE o deputado José Carlos de Oliveira, “Carlão de Oliveira” . Em investigação em curso sobre a administração de Neodi Carlos (PSDC), atual presidente da casa de leis, o relatório federal é incisivo “junto com seu irmão, o advogado Mauricio Calixto da Cruz, continua usando de sua influência política como meio principal para atingir seus interesses”. Na atual administração, Mário funciona como peça chave, influindo na distribuição de publicidade da Casa de Leis. A empresa vencedora do certame licitatório, que atendeu preceitos subjetivos para declarar o vencedor, foi a Pna Vídeo, do advogado Clayton Pena, ligado umbilicalmente com a família Calixto. Ainda de acordo com relatório, Mário possui 24 antecedentes criminais, entre estelionato, uso de documento falso e crimes contra a ordem tributária. Calixto também foi condenado a onze anos de cadeia pelo crime de peculato pela 2ª Vara Federal de seção Judiciária. O Juiz Federal Pablo Coelho Charles Gomes, após tomar ciências dos fatos relatados, considerou que Calixto gera risco para a ordem pública e assim decretou a prisão preventiva do empresário. Novas linhas de investigação devem surgir após a busca e apreensão realizada no jornal “Estadão do Norte” e na casa do empresário, onde a Polícia Federal recolheu computadores, documentos, agendas e anotações do mesmo. Não está descartada um desdobramento da operação, desta vez com foco no esquema de tráfico de influência no âmbito da Assembléia Legislativa de Rondônia. *VEJA TUDO SOBRE A OPERAÇÃO TITANIC: * TITANIC – PF continua busca de foragido em RO; fiscal da Anvisa é o novo alvo da polícia * TITANIC - Aeronaves apreendidas em operação custavam R$ 8 milhões, mas quadrilha declarava apenas R$ 3 milhões * TITANIC - Mário Calixto deu tombo na suposta quadrilha dos carros de luxo * TITANIC - Cassol afirma que compra de carro não concretizada motivou prisão de filho pela PF * TITANIC EXCLUSIVO- Confira relatório da Justiça sobre operação em Rondônia * TITANIC - Governador convoca coletiva para falar de prisão do filho * TITANIC - Presos são recambiados para Vitória (ES) * * TITANIC - Empresa que controla esquema tem sede em Rondônia * TITANIC - PF prende 19 pessoas ao todo no Espírito Santo e em São Paulo * TITANIC - Governador acredita que seu filho foi vítima no esquema da operação * TITANIC - Confira a lista dos presos pela PF na operação * TITANIC - DPF divulga nota da Operação que envolveu 160 policiais * TITANIC - Mário Calixto sai algemado de casa * Confirmada prisão de Mário Calixto, empresário deve ser recambiado para Vitória * * TITANIC - Pessoas envolvidas no esquema são presas * Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de Mário Calixto e sede do O Estadão
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