Por volta das 13h de ontem, um homem foi encontrado morto no interior de um veículo Corsa Hatch, de cor prata, Placas NAI-9170, com três tiros - um no pescoço, um no queixo e outro no tórax. O corpo foi encontrado por uma pescadora que passava pelas proximidades e avisou a polícia.
De acordo com o tenente da Polícia Militar, Ronaldo Eduardo do Nascimento, a pescadora contou que passou pelo local por volta das 11h e não havia movimento algum por lá. Entretanto, ao retornar da pescaria, o carro já estava parado e, ao perceber a cena, ela decidiu acionar a polícia, que constatou o homicídio.
Informações preliminares da polícia dão conta de que possivelmente mais de uma pessoa esteve no local do crime, visto que o vidro da porta do motorista estava baixado até certa altura e os tiros foram à queima-roupa.
O homem foi identificado como Carlos Souza Leal Júnior, conhecido por “Capilé”, 35 anos, e não portava documentos no momento em que foi encontrado. Ele estava sentado no banco do motorista, de chinelo, bermuda e camiseta, com um cordão de prata no pescoço e o som do carro estava ligado.
No porta-malas do veículo foram encontrados três capacetes e, ao lado dele, havia dois telefones celulares, um deles, inclusive, dentro da caixa. Também foram encontrados preservativos sobre o banco do passageiro e havia uma caixa de cervejas do lado de fora do veículo, ainda geladas.
A vítima portava o recibo de compra do carro onde foi morto, no valor de R$ 7 mil, negócio feito três dias antes do crime e que facilitou sua identificação. Capilé vendia e comprava veículos de forma autônoma (profissão chamada popularmente de “roleiro” – por fazer “rolos”, ou seja, vendas).
A polícia ainda não definiu uma linha de investigação, porém informações preliminares dão conta de que Carlos Leal possuía passagens pela polícia. Os familiares também não informaram se a vítima tinha algum desentendimento com alguém que pudesse cometer tal crime.
Segundo informações policiais, Carlos convivia maritalmente com uma mulher e tinha filhos. Apesar de haver preservativo no interior do veículo da vítima, a polícia considera improvável que o crime tenha sido passional.