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Roraima - Trio seqüestra e assalta taxista
Roraima - Trio seqüestra e assalta taxista
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Foto: Divulgação
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As polícias Civil e Militar tentam identificar e prender três assaltantes que nos últimos nove dias atacaram dois taxistas em Boa Vista. O último caso ocorreu na madrugada de ontem e teve como vítima W.L.A., 48 anos, que por medo das ameaças dos bandidos pediu para não ser identificado nem quis que fosse feita fotografia do seu rosto que ficou deformado depois das agressões cometidas pelo trio. Nos dois casos a forma de agir foi praticamente a mesma, daí a suspeita das polícias de que os elementos sejam os mesmos.
De acordo com o relato do taxista, ele estava parado no ponto próximo ao Hospital Geral de Roraima, quando os três desconhecidos se aproximaram e pediram que os levassem ao bairro Raiar do Sol. W. disse que a corrida custaria R$ 20,00, mas acabou negociando com os bandidos por R$ 15,00. Em seguida, os três elementos entraram no táxi e o motorista seguiu para o destino solicitado.
No caminho os assaltantes mudaram de destino e ao invés de seguir para o bairro Raiar do Sol, pediram que entrasse no bairro São Bento. Ao parar o carro, os bandidos começaram a agredir o taxista. “Um deles me deu uma gravata enquanto os outros me espancavam com chutes e socos, inclusive no rosto. Depois me colocaram no porta-malas e pegaram minha carteira com documentos e cartões de crédito dos bancos do Brasil e Itaú. Eles começaram a rodar pela cidade comigo no porta-malas e pararam em vários locais, entre eles, postos de combustíveis. Eles usaram meus cartões para comprar bebidas”, contou a vítima.
Ele lembrou que um dos ladrões demonstrava mais agressividade e enquanto lhe batia ficava perguntando se estava vendo seu rosto, se o reconhecia. Já outro teria sido menos agressivo e inclusive chegou a lhe dar água. Depois de algum tempo rodando com o taxista no porta-malas do carro, os bandidos seguiram para o bairro Santa Teresa, onde abandonaram a vítima trancada dentro do táxi.
W. disse que antes de lhe abandonar, os ladrões jogaram sua carteira com os documentos e os cartões dentro do carro e lhe entregaram a chave do veículo. “Um deles disse que era para eu contar até cinqüenta e só depois deveria ir embora”, informou.
W. foi para o 4º Distrito, onde registrou ocorrência sobre o seqüestro relâmpago que tinha sofrido na madrugada. Policiais civis e militares ainda fizeram diligências para tentar encontrar os bandidos no bairro Santa Teresa, mas até a tarde de ontem nenhum suspeito tinha sido encontrado.
OUTRO CASO – Outra vítima do mesmo tipo de crime foi o taxista Edilton Sebastião da Silva, 62 anos, atacado no dia 11 após ser contratado por três supostos passageiros para levá-los até o balneário Sacolejo, no Cantá. No caminho os bandidos mudaram de rota e pediram que o profissional entrasse na estrada de acesso à Serra da Lua, onde um dos elementos armado com uma faca tentou atingir seu pescoço.
Edilton lutou com os três assaltantes, até que conseguiu tomar a faca do bandido e eles fugiram correndo para dentro de uma mata próxima. O caso também foi registrado na Polícia Civil e até ontem, nove dias depois do fato, nenhum suspeito tinha sido preso nem identificado.
Alguns taxistas conversaram com a Folha, ontem, após tomar conhecimento do que tinha ocorrido com o colega e revelaram que há muito tempo trabalham com medo. Disseram que a profissão de taxista se tornou alvo fácil para esses bandidos, e nos últimos anos já foram registrados vários crimes contra alguns profissionais, desde pequenos roubos até seqüestros, tentativas de assassinatos e até mesmo assassinatos. Eles pediram uma atitude enérgica das polícias na Capital, no sentido de identificar e prender esses elementos que estão agindo na calada da noite contra a classe.
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