Eudo Lustosa no xadrez
*O ativista Eudo Lustosa foi preso ontem, às 13h, pela Polícia Federal, e, depois de ser identificado no Instituto Médio Legal, foi levado para o Complexo de Recuperação e Reintegração Social Dr. Francisco de Oliveira Conde. Ele foi condenado há cinco anos e 90 dias úteis de prisão por tráfico de drogas. A pena foi imposta pela juíza substituta da 3ª Vara de Tóxicos de Brasília, Tereza Karina Figueiredo Barbosa.
*Ele foi condenado por tráfico de droga, previsto no artigo 12 da lei 6368, quando foi preso no dia 7 de novembro do ano passado, com 6Kg de pasta à base de cocaína, quando embarcava no aeroporto de Brasília, com destino a Marabá, no Pará. Estava em liberdade graças a um hábeas corpos.
*A droga estava enrolada em um cobertor dentro de uma mala, na bagagem do acusado.
*As versões do acusado
*Por ser uma pessoa de influência política, Eudo Lustosa, ao ser preso, montou dois cenários. Em sua primeira versão, disse ser vítima de armação política, chegando a colocar uma freira fictícia como escudo, sem delatar nomes. Ao ser liberado, chegou a Rio Branco falando que iria processar muitas pessoas, porque ele era um homem de bem, incapaz de estar envolvido com drogas.
*Nos altos do juiz consta que ele teria afirmado que tinha recebido R$ 400 de entrada e receberia mais R$ 1.500, ao desembarcar com droga em Marabá no Pará. Por esta sua versão, o juiz entendeu que ele é de alta periculosidade e que agiu para se locupletar, portanto, passivo de punição grave, não podendo responder pelo crime em liberdade. Resumindo, na polícia ele disse que estava ganhando dinheiro para fazer o transporte da droga e na Justiça mudou totalmente o discurso, mas a juíza Tereza Karina acatou a denuncia de tráfico de entorpecente.
*Deslocamento ou não
*Como o crime foi cometido em Brasília, somente o Juiz é quem vai decidir se o ativista vai cumprir sua pena no Acre ou se terá que ser transferido. “Com a condenação do réu, ele agora pode peticionar ao juiz em Brasília para cumprir sua sentença aqui no Acre, junto a seus familiares. Mas isso quem vai solicitar é o condenado e quem vai decidir é o juiz”, comenta Plínio Balzon, assessor da Polícia Federal.
*De posse do mandado de prisão, expedido pela juíza Tereza Kaarina Figueiredo Barbosa, que substitui o juiz titular Clóvis Augusto Alves, da 3ª Vara de Entorpecente de Brasiléia, agente da Polícia Federal foram à caça do apenado e encontraram Eudo Lustosa no Pronto Socorro, onde lhe foi dado voz de prisão. Ele nem teve nenhum tipo de reação, acompanhando os policiais.