Por desistência da própria família, pois alegou não ter dinheiro para custear o funeral e a viagem de Cruzeiro do Sul a Rio Branco, a direção do IML determinou, na manhã de ontem, o sepultamento de Angelino Rodrigues, o Paraná (54).
Natural do município de Floresta, norte do Estado do Paraná, seu corpo foi encontrado na manhã de terça-feira, no Ramal Antimari, Rodovia Transacreana, km-100.
No corpo, havia sinais de espancamento e uma perfuração à bala, o disparado foi à queima-roupa. Paraná estava em Rio Branco desde a noite de domingo e foi executado numa outra área, o local serviu apenas como ponto de desova.
O delegado José Alves dos Santos, da 6ª Unidade de Segurança Pública (Sobral), responsável pelo caso, disse que tinha poucas informações, afirmando que, pela maneira de como o crime foi praticado, não existem dúvidas quanto a crime de execução.
Paraná morava no bairro da Cohab, município de Cruzeiro do Sul, e veio a Rio Branco em uma moto XLR pela BR-364, chegando na noite de domingo. Dormia na casa de uma amiga da família, uma professora que mora no conjunto Esperança, Floresta.
Em depoimento prestado ontem de manhã, a professora disse não saber do envolvimento de Paraná com o tráfico. Ele dormiu na sua casa e saiu na manhã de segunda-feira para não retornar.
Por volta das 8 horas de terça-feira, moradores do Ramal do Antimari encontraram o corpo no mato. Peritos acreditam que, depois da sessão de tortura para confessar alguma coisa, ele foi executado com um tiro na testa.