Estava marcado para acontecer hoje, a partir das 8 horas, o novo julgamento do ex-policial civil Wellington Gentil Pereira, um dos acusados das mortes de sete jovens em novembro de 2000, fato que ficou conhecido como “chacina do Cauamé”. Conforme a Secretaria do Tribunal de Júri da 1ª Vara Criminal, o julgamento do réu foi cancelado.
*A justificativa foi a solicitação pelo Tribunal de Justiça de Roraima do auditório do Fórum Sobral Pinto, onde são realizadas as sessões de Júri Popular, para sediar a semana alusiva ao Dia do Servidor Público, que se comemora amanhã, 28.
*“Em virtude de uma série de atividades como palestras e amostras, entre outras, que vem se desenvolvendo desde segunda-feira. As sessões de terça-feira e sexta-feira [hoje] foram canceladas e serão marcadas para acontecer em outras datas no próximo ano”, declarou o funcionário.
*Ele lembrou que a quinta reunião do Tribunal do Júri Popular, que compreende aos meses de setembro e outubro, tinha marcados para acontecer 14 julgamentos, mas até hoje, quando seria realizado o penúltimo júri, apenas três se concretizaram. São eles: o dia 01/09 que julgou o réu Adriano da Silva Soares, dia 05/09, do réu João Zacarias Almeida de Souza, e o do dia 10/10, que teve como réu Robson Pereira da Silva. A última sessão da pauta está marcada para acontecer na próxima terça-feira, 31, e tem como réu Francisco Gilmar Paiva Gomes.
*ABSOLVIÇÃO ANULADA – O julgamento de Wellington Gentil era um dos mais esperados no meio jurídico e pela sociedade que acompanha as sessões do Tribunal do Júri. Em 2001 ele foi submetido ao primeiro julgamento e acabou absolvido da acusação de assassinato, mas o Ministério Público Estadual recorreu da decisão dos sete jurados que compuseram a sessão.
*Meses depois os desembargadores do Tribunal de Justiça de Roraima decidiram anular a decisão dos jurados, entendendo que a absolvição foi contrária aos autos do processo, ou seja, às provas existentes e remeteu à 1ª Vara Criminal, encarregada de realizar o novo julgamento do réu, que hoje se encontra solto.
*OUTRO ABSOLVIDO – O advogado Silvino Lopes, outro acusado de participar dos crimes, também foi julgado e absolvido em 2001, mas teve a decisão do Júri anulada no TJR pelos mesmos argumentos, decisão contrária ao conteúdo do processo e no próximo ano deve sentar no banco dos réus pela segunda vez.