Roraima - Roraimense é preso em Madri por tráfico

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Foto: Divulgação

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*O açougueiro D. M. O., de 23 anos, está preso em Madrid, na Espanha, por tráfico internacional de drogas desde o dia 29 de julho. Ele disse que foi seduzido por falsas promessas ao seguir em 18 de julho deste ano para Caracas, na Venezuela, onde um casal venezuelano prometeu emprego de açougueiro onde iria receber um salário de quase R$ 4.500,00. Conforme cartas enviadas para sua família em Boa Vista, D. foi preso em 29 de julho, no aeroporto de Madrid, quando tentava entrar no país com uma bolsa contendo drogas (não foi relvada a quantidade). *A família do açougueiro procurou a Folha para divulgar o drama que está passando e pedir ajuda das autoridades. A mãe do brasileiro fez um alerta para a população sobre a ação de algumas pessoas que iludem trabalhadores humildes, com falsas promessas de emprego com bom salário. D. relatou na carta que quando os brasileiros chegam à Venezuela são submetidos ao trabalho no tráfico internacional de drogas. *A mãe do brasileiro preso em Madrid, que preferiu não se identificar, comentou estar vivendo um momento de terror por temer pela vida de seu filho. Ela diz ainda que na carta o seu filho relata que seguiram com ele para a Venezuela cerca de 23 brasileiros, e todos foram obrigados a trabalhar numa fábrica na produção de cocaína, quando chegaram ao país vizinho. *“Na carta ele disse que foi enganado, porque prometeram que ele iria trabalhar como açougueiro ou até mesmo no garimpo, mas quando chegou em Caracas foi trabalhar na fabricação de cocaína. Depois de algum tempo foi obrigado a viajar levando uma bolsa e disseram para ele que tinha apenas documentos, mas na verdade era droga. Agora ele está preso na Espanha e ainda pode ser condenado”, disse a mãe do roraimense. *Além de temer pela vida do filho, a mãe do brasileiro pediu providência das autoridades para que ajudem a tirar o seu filho da prisão na Espanha. Nesta semana, o seu filho fez um contato por telefone de apenas um minuto, que é o tempo permitido, onde disse estar bem e confirmou que foi enganado pelo casal que o levou para a Venezuela. *“Ele afirmou que sua sentença depende da quantidade da droga que ele estava levando. O meu filho pode ficar preso por até oito anos. O julgamento acontece em novembro, mas estamos tendo dificuldade para falar com advogado, já que ninguém da minha família fala ou escreve em espanhol”, reforçou. *Ela afirmou que está buscando orientação ou até mesmo ajuda para que sejam tomadas providências para auxiliar a família. “O cônsul da Espanha encaminhou todas as informações sobre a prisão e disse que eu também poderia seguir até lá para visitá-lo, porém não tenho condições, mas preciso mesmo de orientação e um tradutor”.
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