Amazonas - Estourada central telefônica clandestina em Manaus

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Foto: Divulgação

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Uma central telefônica clandestina foi desmontada ontem, pela Polícia Civil, durante a ‘Operação Alcatraz’, que investiga o trafico de drogas comandado por bandidos presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no quilômetro 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista). Segundo o delegado titular do 5º Distrito Policial, Divanilson Cavalcanti, há indícios de que o sistema fornecia linhas telefônicas para mais de 100 presos do Compaj, que se comunicavam com os traficantes de Manaus e do interior do Estado. *Seis pessoas foram presas por ordem da Justiça. O técnico em informática e ex-funcionário de uma empresa assistência técnica em telefonia fixa, Amarílio Fernandes de Aguiar, 33 anos, o ‘Marcos’, foi apontado pela polícia como o operador da central telefônica clandestina e o ‘elo’ entre os presos do Compaj e traficantes. Cinco mulheres, suspeitas de terem relação pessoal com os presos investigados na operação, foram presas temporariamente e deverão passar 30 dias na cadeia. *A central telefônica funcionava na casa de ‘Marcos’, que fica na avenida Brasil, bairro Santo Antônio, zona Oeste da cidade. No local, foram apreendidos computadores com alta velocidade de processamento de dados, usado por ‘hackers’, impressoras, celulares, carimbos de cartórios de Manaus, peças de computador e um fax modem de alta resolução, roubado há dois anos da empresa onde ele trabalhava. *Esquema *O chefe da Gerência de Serviço de Inteligência (GSI), da Polícia Civil, delegado Mário Júnior, explicou que a central telefônica clandestina funcionava da seguinte forma: ‘Marcos’ invadia o sistema operacional da operadora de linha fixa, pela internet, ‘quebrava’ as senhas de bloqueio e conseguia os números de telefones disponíveis para a venda à população. Antes de repassá-los aos ‘clientes’, instalava o programa ‘Siga-me’, que é um dispositivo que desvia as ligações da linha fixa para a linha móvel, o celular. Ou seja, a pessoa liga para o número de telefone fixo e a ligação era passada automaticamente para um celular do preso que está no Compaj. *Segundo o delegado, ‘Marcos’ alugava uma linha por até R$ 300, cada 15 dias de uso, e o ‘contrato’ podia ser renovado. O preso do Compaj recebia o número e o passava aos comparsas, para manter contato.
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