Câmara recebe livro-caixa com pagamentos da Planam
O coordenador da Operação Sanguessuga, delegado federal Tardelli Boaventura, depôs ontem a uma comissão de sindicância da Câmara dos Deputados sobre as ações da Polícia Federal durante a Operação Sanguessuga, que investigou fraudes em emendas parlamentares destinadas à área de Saúde. Durante a reunião com a comissão, o delegado entregou à Corregedoria da Casa o livro-caixa da empresa Planam, que conteria informações sobre o pagamento de propinas a deputados federais.
*O depoimento de Tardelli ocorreu na sala de reuniões da Mesa no Espaço Cultural. Para o delegado federal, a reunião foi importante para esclarecer que não houve vazamento de informações pela PF. Em Brasília, o delegado disse que as listas divulgadas com nomes de deputados foram distribuídas a diversas instituições, incluindo advogados investigados.
*A comissão de sindicância da Câmara pretende ouvir os 16 deputados da lista de investigados nos dias 23, 24 e 25 de maio. Entre os deputados estão os parlamentares de Mato Grosso Welinton Fagundes (PL) e Ricarte de Freitas (PTB). O livro-caixa entregue por Tardelli, no entanto, contém nomes de parlamentares que não estão sendo investigados pela Casa.
*Oito dos suspeitos de envolvimento no esquema foram para Brasília ontem no início da tarde para prestar depoimento à comissão de sindicância da Câmara.
*Prestarão depoimento a partir das dez horas os empresários Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Alessandra Trevisan Vedoin, Cléia Trevisan (todos da ligados à empresa Planam), a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, os empresários Gustavo Trevisan Gomes e Ronildo Pereira Medeiros (dono da empresa Frontal), além dos funcionários da Planam Alessandro Silva de Assis e Felipe Fernandes Freitas.
*Felipe é o motorista, identificado posteriormente pela Polícia Federal, que levava os empresários com malas cheias de dinheiro para o Congresso Nacional.