Roraima - Seis mulheres são espancadas somente neste final de semana

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Foto: Divulgação

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*O plantão da Delegacia de Mulheres não acompanhou o fim de semana tranqüilo do restante da cidade. Mais de sete registros de espancamento foram feitos nas últimas 24 horas no local. As agressões aconteceram em diversos bairros da cidade, principalmente na periferia. Segundo os registros policiais, as vítimas foram agredidas por seus próprios companheiros e em todos os casos houve problemas com bebida alcoólica. *O primeiro caso aconteceu por volta de 12 horas de sábado, no bairro Pintolândia. M.C, 42 anos, disse que estava em casa quando seu companheiro chegou alcoolizado no local e começou a quebrar tudo. Ela comentou que levou murros e pontapés, resolvendo então registrar a ocorrência. *Às 12h30 um novo caso foi registrado no bairro Jardim Equatorial. A doméstica B.S, 27 anos, também afirmou que seu companheiro chegou alcoolizado em casa e quando foi reclamar da situação foi brutalmente espancada, levando vários tapas, chutes e socos. *O terceiro espancamento ocorreu por volta de 15 horas no bairro Nova Cidade. E.R, 37, registrou ocorrência de agressão, afirmando que seu companheiro lhe desferiu chutes e bastonadas ao chegar bêbado em casa. *Às 4 horas de domingo, M.A.C de 34 anos registrou ocorrência dizendo que queria se separar de seu companheiro por causa das constantes agressões que sofria. Ela mora no jardim Caranã e afirmou que foi espancada na tarde do último sábado. *Na madrugada de domingo o quinto registro ocorreu no bairro Cauamé. L.O disse em depoimento que seu companheiro chegou bêbado em casa e lhe agrediu a golpes de terçado afirmando que iria lhe matar. Ela deu queixa na polícia e foi encaminhada ao abrigo feminino. *Também às 4 horas de domingo, R.B.M, moradora do bairro Pintolândia, foi agredida pelo companheiro. Ela disse que o marido estava bebendo com amigos na residência e que por ciúmes começou a espancá-la desferindo socos e pontapés. *Em nenhum dos casos a polícia efetuou prisões. Todos os envolvidos serão intimados e vão prestar depoimento na próxima semana na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). *CASOS - Em 2005 mais três mil mulheres foram vítimas de violência doméstica ou sexual. As ameaças de morte são os crimes mais comuns, com 1.500 casos registrados na Delegacia de Defesa da Mulher. Outras 1.255 mulheres foram espancadas pelo marido ou companheiro durante o período, sendo 332 lesões consideradas graves. Quase todos os inquéritos estão na Justiça, mas até agora, nenhum agressor foi parar na cadeia. Praticamente todos os crimes praticados contra a mulher vão parar na mesa dos juizados especiais de pequenas causas, justamente aqueles que julgam os crimes de menor potencial ofensivo. *Nisso incluem-se as ameaças de morte, injúrias, calúnias e difamações, as lesões corporais leves e a importunação ofensiva ao pudor. Somente os casos de estupro, atentado violento ao pudor, homicídio e espancamento grave vão para a Justiça comum, onde o agressor pode receber penas severas. *LOCAIS - No mapa da violência estão todos os bairros da Capital. O Centro é o responsável pelo maior número. Foram 99, desde o início do ano; seguido do Caranã com 96 e do Senador Hélio Campos com 88. No Caçari, Paraviana e Canarinho, foram registrados respectivos 23, 28 e quatro inquéritos contra maridos violentos. A maioria vive em união estável com a mulher.
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