O líder de produtores rurais Gedeon Rodrigues da Silva, 59, pai de quatro filhos, foi assassinado a sangue frio com um tiro de espingarda no peito no dia 27 de fevereiro. A polícia sabe que o autor é José Francisco Alves de Almeida, o popular Zé do Chapéu, mas, até ontem, o assassino e possível mandante ainda estavam em liberdade. O crime teria sido encomendado, já que a vítima já tinha sido ameaçada por várias vezes por lutar a mais 25 anos por legalidade e posse na Vila Extrema e região.
*A irmã de Gedeon, Priscila Rodrigues, apelou ontem para as polícias do Estado de Rondônia, Amazonas e Acre para que os assassinos sejam presos. “Meu irmão foi assassinado depois de pregar a palavra em uma festa”. Ao sair, se deparou com sua bicicleta com um dos pneus furado e um homem, o qual perguntou se Gedeon era o líder rural. Ao afirmar que sim, foi alvejado com um tiro de espingarda com o cartucho usando uma palanqueta, e teve morte instantaneamente. “O crime foi encomendado porque o tal Zé do Chapéu não conhecia meu irmão”, comenta Priscila.
*Gedeon, mesmo sendo amazonense, estava há 25 anos naquela região; chegou a ser vereador pelo município de Plácido de Castro. Quando a vila passou a ser de Rondônia, ele renunciou porque queria servir àquelas pessoas que tinham votado nele.
*Por ser uma pessoa dedicada às causas populares, tinha até um espaço no Incra para exercer a função de administrador, por isso, ele era uma pessoa marcada pelos fazendeiros e até seringalistas da região de Lábrea. “Todos daquela região sabem quem foram os responsáveis pela morte do meu irmão, e isso nos deixa preocupados, porque são pessoas de boas condições financeiras, sendo este é o motivo para que o processo não caminhe”, comenta a irmã de Gedeon.
*A vítima, além de lutar pelas causas populares, ainda pregava a palavra do Senhor com muita segurança.