RORAIMA - Oficial PM preso por abuso sexual ameaça processar Estado

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Foto: Divulgação

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*Capitão Gomes: “Vou acionar o Estado por ter sido constrangido ilegalmente” O capitão Raimundo Ferreira Gomes, acusado de ter cometido estupro e atentado violento ao pudor contra três crianças, sendo duas de 12 anos de idade e uma de 13, no município de Caracaraí, teve habeas corpus concedido pela Justiça e ameaça entrar com ação contra o Estado por constrangimento ilegal. *Ele teve prisão preventiva decretada no dia 8 de junho de 2005, supostamente por ter tentado aliciar testemunhas de acusação em um processo que tramita contra ele naquela comarca. Raimundo passou 177 dias custodiado no Comando-Geral da Polícia Militar em Boa Vista até ser liberado através de habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça. *O habeas corpus foi concedido e publicado no dia 14 de dezembro de 2005. De acordo com documentos que estão em posse do capitão Gomes, uma das crianças tinha hímen complacente, a outra ainda era virgem, e a terceira, a única que não era virgem, não o teria reconhecido. *Outros documentos apresentados pelo militar apresentam depoimentos em que as crianças afirmaram ter denunciado Gomes a pedido de uma tia, com promessas de presentes, como bicicletas, celulares e roupas novas. Uma delas não reconheceu o oficial. *“Passei 177 dias sem poder dormir com a minha família e meus filhos questionavam se eu não gostava mais deles e por que não comparecia nas competições escolares. Fui constrangido ilegalmente por uma situação que não existe”, afirmou Gomes. *Na decisão do TJ, os desembargadores deram prazo para o juiz da Comarca de Caracaraí, Jarbas Lacerda de Miranda, se pronunciar a respeito dos fatos. Após o pronunciamento, Gomes pretende entrar com uma ação contra o Estado por “constrangimento de sua prisão preventiva”, segundo ele, quando não houve provas concretas. “Vou acionar o Estado judicialmente por ter passado por esta situação diante da sociedade”. *Gomes informou que prendeu o filho da mãe de uma das garotas por furto, e isso gerou raiva por parte da dona-de-casa, que quis lhe prejudicar e teria induzido as crianças a mentir.
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