‘INADEQUADO’: Professora divulga imagens de livros infantis e é afastada do cargo

Obra literária é indicada para crianças de 6 a 8 anos de idade e explica como ocorre reprodução humana; educadora atua no interior do estado

‘INADEQUADO’: Professora divulga imagens de livros infantis e é afastada do cargo

Foto: Reprodução da internet

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Juliana Cibelly, uma professora da rede municipal de ensino em Buritis, foi temporariamente afastada de suas funções por 15 dias após compartilhar imagens de um livro infantil em grupos de pais de alunos. Em uma mensagem, ela expressou preocupação de que o conteúdo fosse inadequado para crianças.

 

Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Juliana explicou que estava revisando os novos livros que haviam chegado à Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil (EMEFI) Francisco José Chiquilito Erse, onde trabalha, antes de serem colocados na biblioteca.

 

Durante essa revisão, ela se deparou com um livro da linha Paradidáticos da editora Todolivro, intitulado "Mamãe Vai Ter um Bebê", recomendado para crianças de 6 a 8 anos. Segundo ela, o livro continha conteúdos considerados inadequados para crianças, incluindo explicações diretas sobre reprodução humana, conforme mensagens enviadas por ela em grupo de WhatsApp, conforme imagens reproduzidas abaixo:

 

 

No dia seguinte, Juliana foi afastada temporariamente de seu cargo público por 15 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período e sucessivos, para evitar influenciar na investigação em curso.

 

Página do livro que teria sido divulgada por Juliana Cibelly - Foto: Arquivo Pessoal/Juliana Cibelly

 

Polêmica

 

A Prefeitura de Buritis explicou que Juliana, como parte de suas responsabilidades, deveria revisar o conteúdo e classificação dos livros para uso em sala de aula. Se identificasse algo inadequado, o procedimento seria informar e entregar o material à coordenação pedagógica.

 

No entanto, a administração alega que Juliana compartilhou imagens do livro considerado impróprio durante o horário de trabalho, o que vai contra os princípios éticos e as obrigações estabelecidas pela legislação municipal.

 

A administração destacou que o livro em questão não é destinado à educação sexual e não foi fornecido pelo Ministério da Educação (MEC), mas sim adquirido em um projeto de incentivo à leitura promovido pela própria escola.

 

Além disso, está sendo investigado se o livro foi distribuído aos alunos ou permaneceu apenas em análise pelos educadores, e se houve violação dos protocolos educacionais que garantem que os materiais didáticos sejam apropriados para a faixa etária escolar.

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