ROUPA SUJA: Prefeito interino de Vilhena fala em sonegação de impostos de Eduardo Japonês

Prefeito afastado disse que falha já foi resolvida

ROUPA SUJA: Prefeito interino de Vilhena fala em sonegação de impostos de Eduardo Japonês

Foto: Montagem/Rondoniaovivo

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O fato que chamou mais atenção durante sessão da Câmara de Vereadores de Vilhena da quarta-feira (27) foram as críticas feitas pelo prefeito interino da cidade, Ronildo Macedo (PV), ao prefeito cassado e afastado Eduardo Japonês (PSC), que esteve presente na sessão.

 

Inclusive, Japonês fez críticas contra o próprio Macedo e ao presidente da Casa, Samir Ali, ambos do Podemos, afirmando que a dupla quer se aproveitar da aprovação de projetos que beneficiam servidores do SAAE (serviço de água e esgoto), Saúde e procuradores municipais.

 

Com discursos favoráveis e contrários, os projetos foram aprovados. Também presente na sessão, Macedo foi convidado a utilizar a tribuna da Casa de Leis, momento em que parabenizou os parlamentares pela aprovação dos projetos, fez um profundo desabafo e acusou Japonês de ser sonegador de impostos.

 

“Acabou de sair uma matéria vinculando Eduardo Japonês de sonegador de impostos. Um cara que sonega impostos, em nosso município, que se diz empresário de respeito, sonega impostos, vem cobrar o quê aqui de nós? Vem cobrar o quê de um auxílio-alimentação que vai passar de R$ 200,00 a R$ 500,00?”, protestou Macedo.

 

E seguiu com as críticas: “Tem um empresário que vem conversar fiado aí sem saber o que está falando. Tem um cidadão que falou dias desses que não está preocupado com o povo e que vai para Dubai passar férias. A granja dele está irregular há 3 ou 4 anos. Inclusive, eu fiz uma denúncia. Aquilo lá é um galinheiro que contamina todo o município. Aí quer segurar alvará, sonegando impostos”.

 

O prefeito em exercício ainda comentou sobre como atua a Granja Brasil, de propriedade de Eduardo Japonês, pedindo aos procuradores do município uma fiscalização rigorosa no local.

 

“Ele colocava as caixas de ovos, vindo para cá, e enchia com insumos caros. E aí vem falar pra nós que ele está preocupado com o contribuinte? Se ele ficasse aqui, resolveria a situação como ele quisesse, para ele ser homem. Ele perdeu a noção e virou o todo poderoso. Ele tem que explicar à população porquê está envelopando insumos para sair mais barato”.

 

Sessão da quarta-feira (27) foi conturbada em Vilhena - Foto: Extra de Rondônia

 

Caso x versão

 

Há alguns dias estão circulando imagens em aplicativos de mensagens com cópias de nota fiscal da empresa Roberto Kiotaka Tsuru e Outro, cujo nome fantasia é “Granja Brasil”, além de imagens de produtos que seriam insumos para a atividade rural com informes que se poderia se tratar de uma tentativa de sonegação fiscal por parte de Eduardo Tsuru.

 

Segundo as informações repassadas, os produtos teriam sido apreendidos pela fiscalização da receita estadual do Mato Grosso do Sul, em um caminhão de propriedade de Eduardo Japonês, camuflados em meio a caixas com embalagens de ovos que estariam sendo trazido para a granja do ex-prefeito.

 

A denúncia dá conta que Eduardo estaria tentando trazer os produtos sem nota fiscal, por se tratar de insumos de valores expressivos, evitando assim o pagamento de impostos. O caso aconteceu em março passado.

 

A reportagem do site Extra de Rondônia entrou em contato com a assessoria de Eduardo, que confirmado que o incidente aconteceu, mas que se tratou de uma falha, pois os produtos teriam sido embarcados no caminhão por engano, pois tinham como destino a empresa do irmão do ex-prefeito e não deveriam ter sido mandados para Vilhena.

 

A assessoria informou também que Eduardo Tsuru estava em viagem a serviço da prefeitura quando aconteceu o caso, e que, de pronto, tudo foi solucionado, com o devido pagamento da multa decorrente a infração, e que a questão foi plenamente solucionada.

 

“Eduardo Japonês é sócio de seu irmão de uma granja em Bastos, em São Paulo. No início deste ano uma carga enviada a Vilhena veio com produtos que não deveriam ter vindo junto, pois foram comprados para Bastos. As vitaminas para ração que vieram no caminhão, tinham nota fiscal, mas, naturalmente, os documentos estavam em São Paulo e não de posse do motorista como é exigido pela legislação de transporte de cargas”.

 

O texto é finalizado com “o erro no carregamento foi resolvido pelo gerente da granja de lá, que assumiu a falha, informando a Japonês no mesmo momento do acontecido. A multa de cerca de R$ 3 mil (a primeira do tipo aplicada em mais de 20 anos de transportes de cargas entre as duas granjas) foi quitada pelo gerente e o assunto resolvido no momento da fiscalização mesmo”.

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