CONFESSOU: Justiça condena, por tentativa de homicídio, jovem que já tinha “quatro mortes nas costas”

Outro réu também foi condenado por participação no crime

CONFESSOU: Justiça condena, por tentativa de homicídio, jovem que já tinha “quatro mortes nas costas”

Foto: Divulgação

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Durou quase 7 horas o julgamento dos réus Clebson Santos Vieira, de 20 anos, e Ezequiel Costa da Silva, 21, acusados de tentar matar, em maio de 2016 as vítimas Pedro Henrique de Oliveira Furtado e a namorada dele, “P.M.V.S”, que tinha 15 anos na época do crime.



Segundo consta nos autos, era por volta das 19h30 do dia 14 de maio de 2016, quando “Clebinho”, como Clebson é conhecido, e Ezequiel, passaram de moto pela rua 913, onde as vítimas estavam em frente a residência. A moto era pilotada por Ezequiel, que fez o contorno e parou onde o casal estava. Clebinho desceu da garupa e começou a atirar. Os jovens na mira da arma correram para o interior do quintal. A adolescente foi atingida de raspão em uma das pernas e Pedro Henrique levou três tiros (coxa esquerda, coxa direita e ante-braço direito). Ele caiu e no chão viu o atirador apertar o gatilho, mas a bala não saiu. 



Essa versão foi confirmada pela mãe da adolescente, pela própria adolescente e por Pedro Henrique, que foi ouvido no hospital aonde recebeu cuidados médicos. Mãe e filha também reconheceram Clebinho como autor dos disparos contra a adolescente e Pedro Henrique. O próprio Pedro Henrique, no hospital, reconheceu a foto de Clebinho, que foi preso em junho de 2017 ao lado de Ezequiel na área rural do município e Corumbiara. 



O promotor de Justiça João Paulo Lopes explicou que Clebinho tinha contas a acertar com o irmão da adolescente que seria de uma facção criminosa rival. E que ele já havia dito que se não encontrasse o rival, iria matar alguém da família dele. “Eles foram até o local para acertar as contas com Paulo, mas como não o encontraram, atiraram contra a irmã”, disse Lopes. 



Lopes narrou ainda que, após sair do hospital, a vítima Pedro nunca mais foi encontrada. A mãe do jovem, que mora em Cerejeiras, disse que ele foi embora para São Paulo, mas se negou a dar o endereço ou mesmo o telefone de contato, e justificou que temia os indivíduos que atiraram contra seu filho.  

Ocorre que, hoje, a vítima Pedro Henrique, cuja mãe se recusou a dar o paradeiro, apareceu no Fórum, e mudou a versão, afirmando que não foram os réus os homens que tentaram matá-lo. Para o promotor, a mudança do depoimento de Pedro foi motivada pelo medo. “Ele foi embora para outro Estado, mas a mãe dele continua morando em uma cidade vizinha, tem o endereço conhecido, e disse que indivíduos já rodearam a sua casa”, argumentou o promotor.



O Ministério Público pediu a condenação de Clebinho por dois homicídios tentados duplamente qualificados por motivo torpe (vingança) e recurso que dificultou a defesa da vítima. O mesmo foi pedido para Ezequiel, co-autor dos crimes.   

  


Já o Defensor Público Matheus Lichy defendeu a tese de negativa de autoria e, para o Ezequiel,  trouxe ainda como tese alternativa a participação de menor importância. Em sua fala, ele questionou a forma como foi feito o reconhecimento do suspeito (mostrando apenas uma foto quando a vítima que ainda estava no hospital, debilitado) o que poderia ter sugestionado o reconhecimento. Lichy afirmou que houve falha na investigação, que não produziu provas cabais de autoria, e que por isso a absolvição se impunha.

 

Após o intervalo para o almoço, o julgamento prosseguiu com a réplica do promotor, que contestou a tese alternativa trazida pela defesa e reforçou os pontos dos autos que implicavam em provas contra os réus, como o reconhecimento dos acusados pela adolescente e pela mãe dela, e a ameaça feita por Cleiton, que se não encontrasse Paulo, irmão da adolescente, para acertar as contas, o faria contra a família dele. Depois, o Defensor Público voltou para a tréplica e reforçou suas teses pedindo a absolvição dos réus.   


Em seguida, os jurados foram para a sala do voto, onde responderam a duas séries de quesitos para cada acusado. E condenaram o réu Clebson por dois homicídios tentados duplamente qualificados, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A sentença foi estipulada pela Juíza Presidente do Tribunal do Júri, Liliane Pegoraro Bilharva, em 12 anos, 5 meses e 10 dias.  



Já em relação ao réu Ezequiel, os jurados o condenaram pela tentativa dos dois homicídios, mas acataram a tese defensiva de menor importância em relação ao crime contra a adolescente; e afastaram a qualificadora de motivo torpe para ambos os crimes. A pena imposta a ele foi de 10 anos, 9 meses e 10 dias. Para ambos, o regime inicial será o fechado e lhes foi negado o direito de recorrer em liberdade. 



Condenado em outubro do ano passado, Clebinho já cumpre pena de 16 anos pelo assassinato de Thalysson Cordeiro, ocorrido em julho de 2015.

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