Sabe quando você encontra uma nota no fundo do bolso ou uma moeda na carteira e já se sente a pessoa mais sortuda do mundo? Imagine então descobrir que um simples objeto em sua casa, que serve como peso para não fazer uma porta bater, vale mais de R$ 6 milhões? Foi exatamente isso que aconteceu na Romênia, em 2023.
O objeto ficava na casa de uma idosa que não teve nome divulgado, que morava em um vilarejo no interior do país, Colti. Um parente da dona, que herdou os objetos da senhora, começou a suspeitar que o objeto era mais do que aparentava e então, em outubro de 2023, ele confirmou que a tal pedra era na verdade uma rara pepita de âmbar de 3,5 kg, avaliada em R$ 6.2 milhões. A confirmação foi feita com ajuda de Daniel Costache, diretor do Museu do Condado de Buzau, na Romênia.
O que é âmbar?
Se você já assistiu a Jurassic Park, com certeza se lembra da ponta da bengala utilizada por John Hammond (Richard Attenborough), que continha o que, no filme, era a chave para ter o DNA dos dinossauros de volta: mosquitos fossilizados em âmbar. Embora a parte da ficção-científica não seja real, o âmbar realmente é um fóssil.
O personagem John Hammond, dono do Jurassic Park, e seu âmbar com um mosquito que tinha sangue de dinossauro dentro. Onde o âmbar romeno foi encontrado?
Antes de chegar ao dono que confirmou o valor da peça com o diretor do museu, a pepita foi encontrada no leito de um riacho, em uma área descrita como rica em recursos naturais.
Como descobrir se uma pedra que aprece âmbar é realmente feita do material?
Existem testes básicos que podem confirmar de maneira bem simples:
Teste de flutuação
ao contrário de outras resinas, o âmbar verdadeiro flutua em água salgada.
Teste da estática
ao esfregar uma peça de âmbar, ele irá gerar uma carga estática que pode atrair outros materiais como pequenos pedaços de papel.
Veja o que tem dentro
Se a sua "pedra" tiver pedaços ou vestígios de plantas, insetos ou alguma outra coisa do tipo dentro, muito possivelmente ela é uma peça de âmbar contendo algum pedaço da história do nosso planeta dentro dela.
No Brasil, embora raro, o material já foi encontrado em regiões de alguns estados, como Acre, Amazonas, Bahia, Ceará e Piauí. Geralmente essas amostras foram geradas durante o período Cretáceo do planeta e foram encontrados em bacias sedimentares que existem nas regiões dos estados citados.