REENCONTRO FAMILIAR: Após matéria do Rondoniaovivo, mulher reencontra irmãos que perdeu contato há 40 anos

Ela havia sido dada para a adoção, na década de 80, pela mãe biológica e foi morar em Goiás com a família adotiva

Rondoniaovivo - Ivan Frazão

23 de Março de 2025 às 08:15

Atualizada em : 24 de Março de 2025 às 09:02

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REENCONTRO FAMILIAR: Após matéria do Rondoniaovivo, mulher reencontra irmãos que perdeu contato há 40 anos

Foto: Divulgação

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Uma busca de 40 anos que terminou com um final feliz. Parece clichê, mas foi desse jeito a história da gerente Denise Silva, 42 anos, que foi adotada aos dois anos em Porto Velho, na década de 80, e levada para morar na cidade de Ceres, em Goiás.

Desde quando descobriu que era adotada, aos 10 anos, ela começou uma procura pelos irmãos e os pais. O que tinha eram apenas algumas fotos de quando criança que a mãe adotiva havia guardado. Após relatar a sua história em veículos de comunicação e redes sociais na esperança que algum parente ou alguém pudesse ajuda-la, mas sem resultados positivos já estava desistindo. Foi então, que uma conhecida propôs entrar em contato com o Rondoniaovivo, como uma última tentativa.

Foi o que ela fez, quando contou toda a história ao jornalista Ivan Frazão, que resolveu escrever sobre. A matéria foi publicada no portal de notícias com um número de contato dela, na cidade de Ceres, onde mora. Segundo Denise, após a publicação ela passou a receber uma série de ligações e mensagens de pessoas querendo ajudar.

“Recebi ligações de policiais, detetives e de outras pessoas querendo mais informações para ajudar. Mas eu não tinha muitas informações, pois, minha família adotiva não sabia muito sobre meus pais e irmãos, já que perderam o contato. Mas uma irmã minha, que mora em Portugal e que eu não conhecia, viu a matéria no Rondoniaovivo e passou para os outros irmãos. Ela, então, me ligou várias vezes. Eu ficava com receio de atender, pois era um número do exterior, até que decidi responder. Foi quando ela falou que era a Cacilene, minha irmã, e disse que também estavam me procurando”, contou.

Semelhanças

As duas irmãs conversaram, falaram de histórias de vida semelhantes, e Denise teve certeza que era a irmã. A partir desse momento, relatou, passou a receber ligações dos outros irmãos que também estavam ansiosos para falar com ela.

Denise observou que desde a conversa com Cacilene foram muitas emoções e descobertas. Entre essas está a de que ao todo ela tem onze irmãos. O pai dela havia se casado três vezes e teve filhos em todos os relacionamentos. Alguns moram em Rondônia (Jorge Teixeira, Ariquemes) e outros em São Paulo. O pai se chamava Olindo Delain e morreu em 2008 aos 68 anos.

Denise explicou que ao ser dada para adoção ela não tinha certidão de nascimento, mas era chamada de Sheila pela família. Ao ser entregue para a adoção a mãe biológica disse para os pais biológicos que estes poderiam registrar com o nome que quisessem o bebê. Assim foi feito, e a criança passou a se chamar Denise.

“Como eu mudei de nome, meus irmãos e meu pai nunca conseguiam me achar. Além disso, a minha mãe biológica, nunca falou para o meu pai para quem havia me dado as duas filhas. Erámos em três e uma outra irmã, morreu ainda pequena. Meu pai faleceu tentando me encontrar. Na época, eles tinham se separado e as crianças tinham ficado com a minha mãe que doou sem avisar ao meu pai. Infelizmente, ele faleceu e não conseguimos nos ver e conversar”, lamentou.

Reencontro

Com a certeza de que havia achado os irmãos, faltava o encontro pessoalmente entre eles. Esse foi o próximo passo dessa jornada de busca para esclarecer o passado dela. Assim, a moradora de Ceres se organizou e veio até Rondônia, nesse mês de março para conhecer o restante da família.

“Foi muita emoção esses dias. Primeiro parei em Jaru, onde encontrei três irmãos que moram no município de Jorge Teixeira. Uma grande surpresa ter encontrado com eles. Muita conversa. Em Ariquemes, mora o meu irmão Joel. Ele carregava um sentimento de culpa, pois, foi quem me entregou para a minha mãe biológica, que nos levou dizendo que nunca mais eles iam nos ver. Porém, foi a última vez que eu vi meus irmãos, pois, ela levou e nunca mais nos trouxe de volta. Foi muito bom rever meus irmãos. Nunca me senti tão amada! Agora, quero planejar o retorno, afinal, tenho minha vida em Ceres. Quero viver o que eu não vivi junto com eles. Nunca mais perder o contato. Digo as pessoas que passam pela mesma situação que eu, para não desistirem. O que Deus uniu, ninguém separa. Agradeço ao Rondoniaovivo”, finalizou.